Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos) avaliou a relação entre a duração da amamentação e os fatores de risco para as doenças cardiovasculares em mulheres após a menopausa.
O estudo envolveu 139.681 mulheres na pós-menopausa (idade média de 63 anos). Em média, essas mulheres haviam amamentado seus bebês há mais de 35 anos.
As mulheres com história de amamentação por mais de um ano desenvolvem menos hipertensão arterial, diabete melito, anormalidades do colesterol e doenças cardiovasculares do que aquelas mulheres que nunca amamentaram, mas não são menos propensas à obesidade.
Comparando os dois grupos, entre aquelas que não amamentaram 42,1% versus 38,6% terão hipertensão, 5,3% versus 4,3% terão diabete, 14,8% versus 12,3% terão colesterol alto e 9,9% versus 9,1% podem desenvolver doenças cardiovasculares comparadas àquelas que amamentaram por mais de um ano.
As conclusões mostram que, entre as mulheres na pós-menopausa, uma maior duração da amamentação está associada à baixa prevalência de hipertensão arterial, diabete melito, anormalidades do colesterol e doenças cardiovasculares.
Mesmo aquelas mulheres que amamentam por pelo menos um mês, já têm um risco de diabete, anormalidades do colesterol e hipertensão arterial reduzido em relação às que nunca amamentaram. Acredita-se que esta redução ocorra porque, ao amamentar, as mulheres diminuem os depósitos de gordura no corpo.
Fonte: Obstetrics & Gynecology.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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