O tradicional Simpósio Luso-Brasileiro de Cardiologia, que terá lugar mais uma vez este ano, ganha importância à medida em que a atual diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia está empenhada em incrementar os contatos internacionais e a troca de experiência com cardiologistas de outros países.
A colocação é do presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, que este ano organizou um “joint simposium” da entidade que dirige com o “American College of Cardiology” e outro no “World Congresso Cardiology”, marcado para Buenos Aires, na Argentina. Ele lembra que também no Congresso da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas há simpósios com participação de cardiologistas brasileiros e portugueses.
Para Chagas, o tema escolhido, “Fibrilação Atrial e Insuficiência Cardíaca – um elo perigoso” é muito oportuno e, como participantes da mesa redonda, foram escolhidos dois profissionais de renome internacional, Anis Rassi Jr., de Goiânia, e Leandro Ioschpe Zimerman, de Porto Alegre.
Doutorado pela Universidade do Texas e pela Universidade de São Paulo e ex-coordenador de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Anis Rassi Jr. discorrerá, dentro do tema abrangente, sobre “Epidemiologia e mecanismos fisiopatológicos”.
O tema de Leandro Zimerman será “Terapêutica farmacológica da fibrilação auricular na insuficiência cardíaca congestiva”. Zimerman é o atual presidente da SOBRAC, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.
Dois cardiologistas portugueses também farão apresentações no correr do Simpósio, e a seu cargo estarão os temas “Qual o papel da blação da fibrilação auricular” e “Impacto da terapêutica de ressincronização cardíaca e importância da ablação da junção aurículo-ventricular”.
O presidente da SBC que, juntamente com o presidente da SPC, Hugo Madeira, será o moderador do evento, diz que é com satisfação que indica os nomes dos dois médicos brasileiros, que representarão em Portugal os 10 mil cardiologistas associados e que, pelo tamanho do Brasil e pela importância que os problemas cardíacos têm na Saúde do País, a colaboração entre os dois países é bastante importante.
“O Brasil tem muito a oferecer, principalmente em decorrência de sua grande produção de pesquisas científicas originais”, diz Chagas, e em contrapartida os brasileiros só tem a ganhar ao participarem de um evento como o XXIX Congresso Português de Cardiologia, cuja importância científica pode ser aquilatada pelas 30 mesas de comunicações orais previstas, nas quais serão apresentados 180 trabalhos, referentes aos resumos melhor classificados em cada temática.
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