A hipertensão é a doença que atinge 30% da população adulta brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, sendo responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. A ausência dos exames de rotina faz com que as pessoas que têm a doença, se surpreendam com sua manifestação, muitas vezes agressiva e até fatal, já que ela se desenvolve de forma silenciosa.
O freqüentador das reuniões da Associação Paulista de Assistência ao Hipertenso (APAH), Jorge Luiz Ribeiro, 84 anos, passou pelo Posto de Saúde próximo a sua casa, por indicação de um amigo, que o informou sobre ações de aferição de PA (pressão arterial) que na ocasião, resolveu medir sua pressão. Desde 1996, o senhor Jorge descobriu que é hipertenso e afirma se tratar a partir deste. Por este feito, em abril de 2008, Ribeiro, o paciente recebeu da Dra. Maria Cristina Cardeal Ramos, 1ª Diretora Médica da APAH, o certificado de melhor paciente com a pressão controlada. “Acho importante as reuniões porque além dos medicamentos tem as orientações médicas que são um apoio para o tratamento e me ajudam no dia – a – dia.”, conscientiza Ribeiro.
A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas pode ser tratada para impedir complicações, assim como o senhor Jorge fez. A menos que haja uma necessidade evidente para uso de medicamentos imediato, a maioria dos pacientes deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial com tratamento não farmacológico, por meio de medidas gerais de reeducação.
Já o participante João Silva, 53 anos, teve tontura, dor de cabeça e ficou com a visão embaçada enquanto trabalhava e foi levado às pressas ao hospital. E, com 33 anos de idade, Silva descobriu que é hipertenso. Hoje em dia ele faz o tratamento com todos os medicamentos e acompanha as palestras da instituição sempre, mas tem muita dificuldade em mantê-la controlada por ter o ritmo de vida agitado e ser, como mesmo se define extremamente estressado.
A animada Delva Braz, 71 anos conta que sempre teve pressão baixa (hipotensão), até completar 56 anos quando sua mãe faleceu e como conseqüência teve o primeiro sintoma de hipertensão ao desmaiar repentinamente. No hospital foi diagnosticado pressão alta. “Levei um susto. Nunca imaginei ter esse problema e não dei muita atenção. Achei que fosse nervosismo do momento.”, relata a Sra. Braz. Passou quatro anos sem se tratar da doença e somente com nova tontura e novo diagnostico sobre a doença, ela resolveu escutar seu médico.
A hipertensão é silenciosa, por isso o abandono e a adesão tardia ao tratamento é uma realidade freqüente. Estima – se que aproximadamente 70% dos pacientes com hipertensão irão morrer de suas conseqüências. A Campanha de prevenção e combate à Hipertensão, que acontece no dia 26 de abril deste ano e realizada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão, tem como tema “Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida” foca a importância da manutenção contínua da doença. O evento terá diversas ações em todo o Brasil promovendo atividades físicas e educacionais.
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