Caprichar na ingestão de carboidratos, proteínas, ferro, cálcio e zinco, fazer pratos coloridos e comer de três em três horas é a base da mesa da criançada Comer, comer é o melhor para poder crescer. Ok. A frase virou até hit nos anos 80. Mas o que não pode, alertam os especialistas, é deixar a criançada comer o que tem vontade e a qualquer hora do dia.
“O importante é inserir carboidrato, cálcio, proteína, ferro, vitaminas e evitar ao máximo o açúcar refinado. E aliar a isso a prática esportiva”, ensina a nutricionista materno-infantil Priscila Rosa, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “Além das três refeições principais, o certo é se alimentar pouco de três em três horas”, completa a nutricionista. Lembrando sempre que estas refeições devem ter as quantidades de calorias reduzidas e que o consumo diário de saladas de folhas variadas proporciona muitas vitaminas. A atividade física deve ser incorporada como hábito diário desde a infância!
De maneira geral, os nutrientes importantes para cada faixa etária não variam. O que se modifica é que à medida que a criança cresce, a ingestão calórica diária aumenta. Difícil é aplicar esse cardápio ideal nos dias atuais. “O aparecimento de novas guloseimas, os salgadinhos, bolachas doces, fast food tornam o trabalho das mães muito mais complicado. As crianças perdem o paladar e a vontade pelos alimentos considerados saudáveis e essenciais na alimentação”, afirma Priscila. Então qual é a maneira de coibir esse hábito alimentar errado? “Ensinar, induzir desde o nascimento”. “Não gosto, não quero”.
Os pais de crianças entre três e doze anos, principalmente, é que sabem como é ouvir o filho recusar algum alimento. Nessa fase, os pequenos têm uma redução normal do apetite, o que a nutricionista Priscila Rosa identifica como anorexia fisiológica: a alimentação passa a ser uma coisa menos interessante para eles à medida em que vão expandindo os limites do mundo. Eles também descobrem suas próprias preferências e passam a rejeitar o que é imposto pelos pais. A professora Elisa afirma que não é preciso ficar preocupado, porque é esse comportamento costuma passar, e a perda de peso, quando há, não é tão significativa. “Quando a criança é sadia, por mais que esteja demonstrando menos interesse pelas refeições, assim que sentir fome ela não recusará comida”, explica.
O que não deve ser feito é forçar a criança a comer. Quando isso é feito, ela passa a associar o alimento que não gosta ou a prêmios ou a castigos. “Coma e te deixo jogar videogame. Não coma e te proíbo de assistir à TV.” Esse é o tipo de atitude que os pais não podem tomar, porque correm o risco de, mais tarde, verem seus filhos comendo por obrigação, sem a idéia de alimentação sadia. Por falar em TV, a garotada deve comer longe desse aparelho, porque tira a atenção e a criança passa a comer sem perceber, às vezes até mais do que é necessário, além de não apreciar tanto os alimentos.
“Atenção especial para a ingestão de ferro, cálcio e zinco, três sais minerais importantíssimos e diretamente ligados à performance da criança”, alerta Ana Lucia de Sá Pinto, pediatra e médica do esporte do Ambulatório de Medicina Esportiva do Hospital das Clínicas.
A explicação para tanta importância, segundo Ana Lucia, é que o ferro é um componente fundamental da hemoglobina, substância que circula no sangue dentro dos glóbulos vermelhos e é responsável pelo transporte de oxigênio para todos os tecidos do corpo humano. Já o zinco, melhora a atenção, a imunidade e ajuda a liberar hormônios do crescimento. Ambos estão presentes na carne vermelha, frango, ovo e verduras verde-escuras. A recomendação de ingestão diária é de três colheres de sopa no almoço e três no jantar.
Já o cálcio, fundamental para a saúde dos ossos, tem recomendação diária de 1,3 g. “Para se ter uma idéia da relevância desse mineral, 95% da formação de massa óss
Fonte: Revista O2
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