Enumeramos dez fatos sobre hipertensão arterial e diabete melito.
1- Hipertensão arterial e diabete melito frequentemente associam-se, pois existem mecanismos comuns no aparecimento dessas doenças. A associação de hipertensão arterial e diabete melito, em pacientes com obesidade central (localizada acima da cintura), caracterizam a síndrome metabólica.
2- No paciente diabético do tipo 1 (dependente de insulina) o aparecimento da hipertensão arterial geralmente associa-se a presença de disfunção renal (nefropatia diabética). A pressão arterial costuma elevar-se cerca de 3 anos após o início da perda de proteínas pela urina, achado típico da nefropatia diabética.
3- No diabete melito do tipo 2 (não dependente de insulina) cerca de 40% dos pacientes são hipertensos no momento do diagnóstico da doença. Estima-se que 70% dos diabéticos do tipo 2 sejam hipertensos.
4-O tratamento da hipertensão arterial no diabético visa prevenir a doença cardiovascular, bem como minimizar a progressão da doença renal e a retinopatia diabética.
5-O tratamento inicial não medicamentoso da hipertensão arterial no diabético deve incluir a redução de peso; atividades físicas; prática de exercícios físicos; redução do consumo de álcool e sal; dieta rica em potássio, cálcio e magnésio; e abandono do tabagismo.
6- Entre as medidas mencionadas acima, a perda de peso é a que produz maior impacto na redução da pressão arterial.
7- Em geral, diabéticos são consideramos de alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por isso, devem ter um controle mais rigoroso da pressão arterial. Objetiva-se valores menores que 130/80 mmHg.
8- A maioria dos diabéticos (cerca de 70%) necessitará de uma associação de medicamentos anti-hipertensivos para obter um controle adequado da pressão arterial.
9- Os diuréticos (hidroclorotiazida e clortalidona) e os betabloqueadores (atenolol, metoprolol, etc.) podem causar aumentos do níveis de glicemia.
10- Drogas do grupo dos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (enalapril e ramipril, por exemplo ) ou os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (losartana, valsartana ou ibesartana, por exemplo) ajudam a prevenir o aparecimento e a evolução da doença renal no diabético.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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