A Cirúrgia Cardíaca independente do tipo de procedimento, causam alterações fisiopatológicas que predispõe a complicações pós-operatórias. Os objetivos da fisioterapia será amenizar as complicações, principalmente as pulmonares que são mais freqüentes no período pós-operatóaorio. Nos dias que antecedem a cirurgia o fisioterapeuta pode orientar este paciente seja em seu consultório quando o recebe através de encaminhamento do médico, que muito tem adotado esta postura, devido ao grande benefício que um pré-operatório pode trazer ao seu paciente. Após a admissão do paciente, é feita a avaliação fisioterapêutica com análise completa do prontuário, dos exames complementares (raios-X, exames laboratoriais), avaliação das funções vitais (freqüência respiratória, freqüência cardíaca, pressão arterial), inspeção da musculatura e tórax, ausculta pulmonar e expansibilidade torácica. A fisioterapia no pré-operatório tem como objetivos: Manter vias aéreas, evitando ou tratando o acúmulo de secreção pulmonar; Conscientizar a família da importância da fisioterapia respiratória e motora para o cardiopata; (prevenção de tromboembolismo, melhora do retorno venoso, ensinar a tossir mesmo com dor). Solicitar um exame de manuvacuometria que é bastante importante para avaliar a força dos músculos ventilatórios por meio da PIMAX (Pressão inspiratória máxima e da PEMAX (Pressaõ expiratória máxima). Solicitar se possível um exame de expirometria que permite medir o volume de ar inspirado e expirado e também fluxos respiratórios, é útil para analise dos dados derivados da manobra expiratória forçada exame este que é realizado por pneumologista.Após realizado estes procedimentos o fisioterapeuta pode estar encaminhando um laudo para o médico do paciente com sua analise sobre o estado funcional do aparelho respiratório do paciente e se detectou algum risco significativo que poderia influenciar no seu pós-operatório.Daremos continuidade na seqüência sobre estes procedimentos aqui citados no pré-operatório trazendo informações de como a fisioterapia contribui para reduzir riscos e complicações que possam intervir no pós-operatório. No caso de pacientes tabagistas o fisioterapeuta esclarecera dúvidas que possam surgir em relação ao seu pós-operatório orientará no caso de pacientes tabagistas que o fumo esta associado à diminuição do clearance mucociliar, o que pode gerar uma maior hipersecreção pulmonar, pois o fumo causa alterações nas glândulas mucosas e células caliciformes, o que predispõe as complicações pulmonares mais graves. Orienta-se da importância de cessar o tabagismo no mínimo oito semanas antes da cirurgia, caso paciente não consiga indica-se abstinência no mínimo de 24 horas antes. Um dos desafios da fisioterapia é sempre ganhar a cooperação do paciente para que ele saia conscientizado da importância de sua colaboração para aderir algumas condutas que contribuirão para sua recuperação no pós-operatório, diminuindo assim as possíveis complicações.
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