Uma proporção elevada da população alimenta-se fora de casa e acaba consumindo alimentos ricos em calorias e gorduras. Tais alimentos também costumam ser pobres em vitaminas e sais minerais.
O objetivo deste estudo foi relacionar o consumo alimentar fora do domicílio com o percentual de gordura corporal (PGC) e o índice de Massa Corporal (IMC), ambos marcadores de acúmulo excessivo de gordura corporal, em mulheres adultas jovens que frequentam academias de ginástica.
Foram entrevistadas 97 mulheres, com idades de 18 a 30 anos (média de 23,9 anos), que frequentavam academias de ginástica há pelo menos um mês, com frequência igual ou superior a duas vezes na semana.
A coleta de dados foi realizada em oito academias distribuídas em três regiões do município de Florianópolis: centro, continente e periferia. As variáveis analisadas foram o IMC, utilizando-se a classificação proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o PGC. Para avaliação do consumo alimentar fora do domicílio foi utilizado um questionário de hábitos alimentares.
Na análise do IMC verificou-se que quanto menor for o número de refeições fora do domicílio, maior tende a ser o percentual de mulheres classificadas como baixo peso e maior o percentual com um peso normal.
Na análise PCG, à medida que o número de refeições realizadas fora de casa diminuiu, observou-se um decréscimo do percentual de mulheres classificadas com PCG acima da média. Sendo que os percentuais de mulheres classificadas PCG na média e abaixo da média aumentaram.
Os autores do estudo concluíram que existe uma estreita relação entre o número de refeições realizadas fora do domicílio, PCG e o IMC. Pois o aumento destes indicadores acompanhou o aumento das refeições realizadas fora de casa.
O hábito de se alimentar fora do domicílio pode contribuir para o aumento dos indicadores de risco à saúde, como PCG e o IMC, influenciando diretamente o estado nutricional e a qualidade de vida das mulheres.
Fonte: Congresso Nacional da SBAN.
Artigos relacionados
Veja também
Medicamentos para emagrecer são seguros para o coração?
Atualmente temos alguns medicamentos aprovados pela ANVISA para tratar a obesidade no Brasil, como o Orlistat, Sibutramina, Liraglutida e Semaglutida. Orlistat (Lipiblock, Xenical) 1- Atua inibindo a absorção de parte da gordura dos alimentos. 2- Não apresenta efeitos sobre o sistema cardiovascular, logo, pode ser…
Alteração difusa da repolarização ventricular (ADRV)
O termo alteração difusa de repolarização ventricular é utilizado em laudos de eletrocardiograma (ECG) para descrever alterações do segmento ST do ECG, como ausência, achatamento ou inversões assimétricas das ondas T. Alguns médicos podem empregar a abreviatura ADRV. A onda T é um dos elementos…
Benefícios do controle da pressão arterial
O controle adequado da pressão arterial (PA) é uma medida vital para preservar a saúde cardiovascular e evitar complicações sérias. Primeiramente, manter a PA dentro dos limites normais reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e ataques cardíacos. Quando a…
Você sabe o que é a miocardiopatia não compactada?
A miocardiopatia não compactada (MNC), também conhecida como miocárdio não compactado, é uma condição rara do músculo cardíaco que afeta a estrutura do ventrículo esquerdo (VE). O VE é a principal das quatro câmaras do coração. Ela bombeia o sangue oxigenado em direção ao cérebro…