Alguns estudos indicam que a ingestão do cacau pode melhorar a resistência à ação da insulina (hormônio que permite a entrada do açúcar para dentro das células, sendo usado com fonte de energia) em portadores de diabete melito do tipo 2.
Este aspecto é muito promissor, visto que a resistência à ação deste hormônio (resistência insulínica) é achado típico dos diabéticos do tipo 2 , e está envolvida na gênese de outros malefícios à saúde, como a hipertensão arterial , obesidade e a dislipidemia. Essa associação de fatores de risco é conhecida como síndrome metabólica.
O benefício do chocolate é obtido a partir dos flavonóides, presentes em grande quantidade na semente do cacau. Entre os diversos tipos de chocolate, como o chocolate ao leite, branco ou amargo, este último , é o que contém um maior teor de flavanóides.
Os flavonóides aumentam a produção de óxido nítrico, substância vasodilatadora endógena envolvida na via alternativa de captação da glicose (açúcar) para as células, independentemente da ação da insulina. Além disso, o óxido nítrico melhora a função endotelial (revestimento interno dos vasos que produz substâncias que dilatam ou estreitam as artérias) ajudando a diminuir a pressão arterial, por tratar-se de uma substância com propriedades vasodilatadoras significativas.
Os efeitos benéficos do cacau foram evidenciados com a ingestão de 100 g por dia de chocolate amargo, durante cerca de quinze dias. Ainda faltam estudos na literatura sobre qual seria a melhor quantidade e tempo necessários para a ação do cacau. Além disso, como bem sabemos , o chocolate amargo é calórico (100 grama contém cerca de 470 Kcal). Sendo assim, antes de estimular a ingestão desse alimento pelos pacientes que são diabéticos, é importante recorrer à orientação de um profissional, endocrinologista ou nutricionista.
Dra. Ana Flávia Pinheiro –Nutricionista- CRN -1004
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