O estudo AFIRMAR (estudo de avaliação dos fatores de risco associados com o infarto do miocárdio no Brasil) foi realizado em 104 hospitais de 51 cidades no Brasil, sendo recrutados cerca de 3.550 indivíduos, entre 1997 e 2000.
Os achados deste estudo foram praticamente idênticos aos encontrados em estudo maior, realizado a nível mundial, chamado de estudo INTERHEART (estudo de avaliação dos fatores de risco para o infarto do miocárdio em cinco continentes).
Esses dois estudos demonstram, em linhas gerais , que nove são os fatores de risco modificáveis, relacionados ao aparecimento do infarto do miocárdio, sendo responsáveis por mais de 90% do risco.
Através destes dados, temos as evidências que a predisposição para doença aterosclerótica nos Brasil é muito semelhante àquela observada em países da Europa e da América do Norte.
As principais diferenças dos achados do estudo AFIRMAR e da população estudada do INTERHEART na América Latina, em relação aos o outros continentes, é que a obesidade central, hipertensão arterial e o estresse, apresentam um maior impacto na gênese do infarto do miocárdio na América Latina.
Abaixo relacionamos os principais achados do estudo AFIRMAR:
-Fatores que aumentaram o risco de infarto do miocárdio: tabagismo (mais de 5 cigarros/dia) em 4,9 vezes; glicemia de jejum medida maior ou igual a 126mg/dl (confirmando diabete melito) em 2,8 vezes; relação cintura-quadril > 0,94 (indicando obesidade central, acima da cintura) em 2,5 vezes; história familiar de doença coronária prematura em 2,3 vezes; LDL-colesterol > 100 mg/dl (“colesterol ruim” elevado) em 2,1 vezes.
Fatores que diminuíram o risco de infarto do miocárdio: consumo de álcool (até 2 vezes por semana); renda R$ maior que 1.200,00 e escolaridade universitária.
Fonte: Estudo AFIRMAR – Avaliação dos Fatores de Risco Associados com Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil – American Heart Journal.
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