A dieta Mediterrânea baseia-se num conjunto de tradições alimentares dos países do mediterrâneo, como a Grécia, Itália, Espanha e Portugal. Esta dieta inclui, essencialmente: azeitonas e azeite ; grãos inteiros, especialmente em pães e cereais em vez de massas ; muito pouca carne vermelha ; peixe e mariscos ; queijos, mas pouco leite ; bastantes vegetais ; legumes e frutos secos e vinho tinto. As pessoas que vivem nesta área do mediterrâneo , tendem a comer alimentos ricos em gordura , mas também têm uma incidência menor em doenças cardiovasculares , em comparação a outras partes do mundo.
Um recente estudo , sugere que pessoas com maior risco para diabete melito e, que consomem uma dieta mediterrânea , apresentam uma probabilidade menor de desenvolver a doença . Essa é a conclusão dos pesquisadores da universidade de Navarra ( Pamplona , Espanha ). O autor do estudo , conclui que uma proteção significativa contra o diabete melito , poderá ser obtida com a dieta mediterrânea tradicional , rica em azeite de oliva, verduras, frutas, frutas oleaginosas, cereais, legumes e peixes , mas com teores relativamente baixos de carne e derivados do leite com maior teor de gordura.
Dentre um total de 13.380 participantes do estudo , entre 1999 e 2007, 33 deles desenvolveram diabete melito. Quando o risco de diabete melito era considerado em relação à adesão à dieta mediterrânea ( obtida através de questionários abrangentes sobre a dieta ), as pessoas que seguiam de forma mais fiel à dieta, assim como aquelas que a seguiam moderadamente , tinham uma menor probabilidade de desenvolver diabete melito , em comparação com indivíduos que apresentavam baixa adesão à dieta.
Curiosamente, os indivíduos que tinham melhor adesão à dieta , eram também aqueles que apresentavam mais fatores de risco para o diabete melito , reforçando a importância dos resultados. O autor principal do estudo , chamou a atenção para o fato de que os participantes , com alta adesão à dieta mediterrânea , tinham um risco relativo 83% menor de desenvolverem diabete melito durante os 4 anos e meio de acompanhamento do estudo.
Fonte: BMJ ( 2008 ).
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