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Autismo associado a pior saúde cardiovascular
Cardiologia Preventiva

Autismo associado a pior saúde cardiovascular 

Pessoas com transtorno do espectro autista são mais propensas a desenvolverem fatores de risco cardiovascular, como diabete melito, hipertensão arterial e colesterol elevado, além de doenças cardíacas, quando comparadas com aquelas sem esse transtorno.

Essa é conclusão principal de um novo estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics . Os autores do estudo avaliaram os resultados de 34 estudos publicados que englobaram prontuários médicos de mais de 276.000 pessoas com autismo, além de cerca de 8 milhões de pessoas sem a doença (grupo de controles).

Os participantes do estudo tinham média de idade de 31 anos e 47% eram do sexo feminino. Alguns estudos relatavam faixas etárias, o que permitiu aos pesquisadores diferenciar entre crianças e adultos.

As pessoas com autismo foram 64% mais propensas a apresentar diabete melito do tipo 1, 146% mais propensas a ter diabete melito do tipo 2 e 46% mais propensas a ter doenças cardíacas, em geral, segundo o estudo.

As crianças com autismo foram quase duas vezes mais propensas a evoluir com diabete melito (184%) e hipertensão arterial (154%).

O estudo encontrou associações, mas não causalidade, além de não incluir dados detalhados sobre o uso de medicamentos dessas pessoas. Embora seja ideal entender por que o autismo está associado ao risco cardiovascular para abordar essa associação de maneira mais eficaz, provavelmente vários fatores estão envolvidos nessa associação.

Segundo os autores do estudo a história medicamentosa e a genética desempenham um papel difícil de desvendar. Alguns medicamentos, com a Risperidona, por exemplo, utilizada para melhorar o comportamento de pessoas autistas, pode causar ganho de peso e aumento dos níveis de colesterol. O autor do estudo disse esperar que os achados levem os médicos a reavaliar como tratam seus pacientes com autismo, bem como, avaliar sua saúde cardiovascular.

Outro estudo prévio observou que as pessoas com autismo podem morrer antes das pessoas sem autismo, em parte devido aos problemas de saúde física e risco aumentado de suicídio.

Fonte: Medscape.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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