“Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida”é o lema da Campanha para o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, em 26 de abril, com o objetivo de alertar a sociedade para o cuidado com a pressão alta.
A doença que atinge 30% da população adulta brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As graves conseqüências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento.
Para o Dr. Artur Beltrame Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, a pressão alta é um dos mais graves fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
A campanha alerta como o tratamento é extremamente necessário, pois se trata de uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas perceptíveis, a não ser quando acontecem complicações como o AVC ou infarto, duas das maiores causas de morte da população brasileira.
Independente da religião, o Dr. Carlos Alberto Machado, do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ressalta que a fé é importante no cuidado diário de doenças crônicas. “A religião na vida das pessoas faz com que elas tenham procedimentos e normas em sua rotina. O tratamento da pressão alta exige uma dedicação extrema dos indivíduos em manter o medicamento e muita força de vontade na nova disciplina do cotidiano de vida, pois envolve mudanças de comportamento e novos hábitos alimentares”, comenta.
“O tema traz ao paciente hipertenso o quanto é necessário valorizar a si mesmo, atentar para a rotina do tratamento e, como isso acarreta em uma melhora da qualidade de vida do indivíduo”, argumenta Dr. Jocemir Ronaldo Lugon, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), inclusive a hipertensão, são responsáveis por 59% dos óbitos no mundo, chegando a 75% das mortes nos países das Américas e Caribe. No caso do Brasil, 62,8% do total de mortes por causas conhecidas, em 2004, estavam relacionadas à DNT.
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