Estudos anteriores , apontaram que a gordura central ou visceral ( localizada acima da cintura e dentro da cavidade abdominal ) , seria a mais nociva , tendo uma maior associação com a resistência da ação do hormônio insulina ( resistência insulínica ). Essa hormônio permite a entrada do açúcar ( glicose ) , para dentro das células. A resistência insulínica , é um dos mecanismos que levam ao aparecimento do diabete melito e hipertensão arterial , com um conseqüente aumento do risco de doenças cardiovaculares.
Um recente estudo , demonstrou que cerca de 25% dos indivíduos portadores de gordura central , principalmente aqueles com nível de obesidade ( avaliados pelo índice de massa corporal , com valor maior ou igual a 30kg/m2 ) , apresentavam um perfil metabólico favorável . Pesquisadores alemães conduziram um estudo tentando avaliar qual seria o subgrupo desses pacientes , que apresentariam um perfil metabólico mais nocivo , tornando-os mais propensos a resistência da ação da insulina e a doença cardiovascular.
Os autores do estudo , avaliaram a concentração de gordura nos diversos locais do corpo , em 314 indivíduos com sobrepeso ou obesidade , por meio de ressonância . Eles pesquisaram a presença de gordura subcutânea ( abaixo da pele ) , gordura visceral ( dentro da cavidade addominal ) , gordura hepática ( depositada no fígado ) e a gordura muscular ( depositada nos músculos ).
A gordura hepática , seguida da gordura muscular , foram as mais fortemente associadas a resistência insulínica , com aumento do risco cardiovascular. Podemos concluir que , nos indivíduos obesos , a presença de um fígado gorduroso ou estatose hepática , é indicativa de maior risco metabólico e cardiovascular. Tais pacientes deverão obrigatoriamente perder peso , adotando um estilo de vida mais saúdável , em relação ao padrão alimentar e a prática regular de exercícios físicos.
Fonte: Arch Inter Med ( 2008 ).
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