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Dissecção aórtica ou aneurisma dissecante da aorta 

A dissecção aórtica, também chamada de aneurisma dissecante da aorta, é um descolamento das camadas da artéria aorta, a maior do corpo humano, fazendo com que o sangue circule entre elas, enquanto o revestimento externo da artéria permanece intacto. Assim, origina-se um novo canal dentro da parede da artéria aorta, pelo qual o sangue também passa a circular. A dissecção da aorta é sempre uma emergência médica, podendo levar à morte rapidamente, mesmo com um tratamento adequado. Em geral, a dissecção da aorta é um fenômeno agudo, mas também pode manifestar-se de maneira crônica.
CausasA causa da maioria das dissecções aórticas é a deterioração da parede arterial, geralmente causada pela hipertensão arterial, observada em mais de 75% das pessoas que sofrem desse problema.Outras causas incluem doenças hereditárias do tecido conectivo, anomalias  cardiovasculares congênitas, persistência do canal arterial, defeitos da válvula aórtica (válvula aórtica bicúspide), aterosclerose (acúmulo de gordura na parede da artéria aorta) e lesões traumáticas. Em casos raros, pode acontecer uma dissecção acidental quando o médico introduz um cateter numa artéria para fazer uma exame chamado angiografia.
A parede da aorta é composta por três camadas: íntima (camada interna que fica em contato direto com o fluxo sanguíneo), média e externa. Na dissecção da aorta, o sangue penetra entre as camadas íntima e média, e a alta pressão faz com que mais sangue entre neste espaço, que desloca-se ao longo do comprimento da aorta.
Classificação de DeBakey
-Tipo I: a dissecção se origina na aorta ascendente e se propaga distalmente, acometendo pelo menos o arco aórtico e, tipicamente, a aorta descendente.
-Tipo II: a dissecção está confinada na aorta ascendente (cirurgia normalmente indicada).
-Tipo III:a dissecção se origina na aorta descendente e se propaga distalmente.
 
Sinais e sintomas
A dissecção aórtica entra no diagnóstico diferencial de dor precordial: mais de 90% dos pacientes queixam-se de dor forte, intensa, “a pior dor que já tiveram”. Raramente, o cenário inicial pode ser insuficiência cardíaca (em geral por tamponamento cardíaco ou insuficiência aguda da válvula aórtica) ou isquemia de ramo, sendo o derrame cerebral (acometimento da carótida) o mais comum. As dicas principais são as clássicas: dor “rasgando o peito”, diferença de pulso e/ou PA entre os membros (> 20 mmHg) e hipertensão.
Diagnóstico
Os sinais e sintomas de uma dissecção aórtica são tão típicos que permitem ao médico estabelecer de pronto o diagnóstico. Observa-se uma redução ou ausência de pulso nos braços e nas pernas, um sopro cardíaco que pode ser auscultado com o estetoscópio, alterações dos batimentos cardíacos e sinais de tamponamento cardíaco.
As imagens da radiografia do tórax mostrarão uma aorta dilatada. A ecocardiograma (exame que avalia as estruturas do coração por meio de ondas de ultrassom) pode mostrar uma dilatação da raiz da aorta e/ou insuficiência da válvula aórtica, mas não confirma o diagnóstico. O ecocardiograma transesofágico (modalidade de ecocardiograma que a sonda é introduzida através do esôfago) é capaz de confirmar o diagnóstico. A angiotomografia da aorta, angioressonância da aorta e a cineangiocoronariografia e cateterismo também podem confirmar o diagnóstico.
Tratamento
As pessoas com uma dissecção aórtica devem ser atendidas numa unidade de cuidados intensivos. A administração de fármacos deve começar o mais cedo possível porque a morte pode ocorrer dentro de poucas horas. O tratamento da dissecção da aorta geralmente requer cirurgia. O médico deve decidir rapidamente se a cirurgia está indicada ou se continuará a terapia com fármacos. Numa dissecção aguda, o médico deve atuar também para evitar as complicações do quadro. Uma terapia analgésica deve ser estabelecida imediatamente porque a condição é muito dolorosa. Os parâmetros circulatórios e respiratórios (pulsação, pressão arterial, batimentos cardíacos, ritmo respiratório, etc.) devem ser monitorados rigidamente.
Como evolui a dissecção da aorta?
O risco da dissecção da aorta é de que a aorta possa romper, levando a uma perda massiva de sangue. As dissecções da aorta que resultam na ruptura do vaso têm uma taxa de 90% de mortalidade. Cerca de 75% das pessoas que sobrevivem de imediato, mas que não recebem tratamento, morrem nas duas primeiras semanas e 40% das tratadas sobrevivem pelo menos 10 anos. Até os anos 60, o prognóstico dos pacientes com dissecção de aorta era catastrófico. Atualmente, entretanto, o prognóstico é um pouco melhor.
Quais são as complicações possíveis da dissecção da aorta?
As complicações da dissecção da aorta são sempre muito graves e envolvem a ruptura do vaso e embolias diversas, com suas consequências.
 
 
Sinais e sintomas

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