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Doze fatos sobre a cirurgia de ponte de safena
Cirurgia Cardíaca, Destaques

Doze fatos sobre a cirurgia de ponte de safena 

A revascularização direta do miocárdio, conhecida popularmente como “cirurgia de ponte da safena”, utiliza enxertos (veia safena, por exemplo) para as artérias coronárias obstruídas, a partir da aorta, ou utilizando a própria artéria nativa (artéria mamária interna esquerda, por exemplo), revolucionou o tratamento da angina do peito na década de 1970.

Desde então, inúmeros estudos foram realizados com o intuito de identificar os indivíduos que, mesmo com pouca limitação diária pela angina do peito e até assintomáticos, poderiam se beneficiar dessa técnica de revascularização, aumentando o tempo de vida e ampliando o tempo sem eventos coronários, como infarto do miocárdio ou morte de origem coronariana.

Doze fatos sobre a cirurgia de revascularização miocárdica

1- O risco de morte no período de internação hospitalar gira em torno de 3% em centros com grande experiência, sendo a maioria devido à insuficiência cardíaca aguda (coração fraco).

2- A sobrevida em 5 anos é de 88% e  em 10 anos , cerca de 75%.

3- A utilização da artéria mamária interna esquerda favorece a sobrevida no médio e longo prazos (após 5 anos).

4- Cerca de 25% das mortes após revascularização cirúrgica do miocárdio não estão relacionadas a doença coronariana ou mesmo à própria cirurgia, acontecendo por outras causas.

5- Cerca de 60% dos pacientes revascularizados estão livres de sintomas após 10 anos, e a recorrência de sintomas tardiamente após a cirurgia de revascularização deve-se à oclusão do enxerto (ponte) ou ao aumento da doença aterosclerótica (placas de gordura)  em outros pontos das artérias coronárias.

6- Cerca de 2 a 5% dos pacientes têm infarto do miocárdio peri-operatório (durante ou após a cirurgia).

7- Cerca de 95% dos pacientes estão livres do infarto do miocárdio após 5 anos de revascularizados.

8- A sobrevida é afetada de forma adversa, se ocorrem infarto do miocárdio após a revascularização cirúrgica do miocárdio.

9- Quase 75% dos pacientes apresentam algum grau de déficit neurológico sutil no período peri-operatório.

10- Com a revascularização completa (colocação de pontes em todos os locais com obstruções) ocorre um aumento da tolerância aos exercícios físicos.

11- Cerca de 10% dos enxertos (pontes) obstruem nas primeiras semanas, se não se iniciar precocemente a terapia antiplaquetária (aspirina).

12- A maioria dos enxertos  pontes) evidencia alterações ateroscleróticas (placas de gordura) após 10 anos de cirurgia.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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