Segundo o estudo de Massachusetts ( Estados Unidos ) , pacientes acometidos por infarto do miocárdio , apresentaram uma menor taxa de morte ou ocorrência de um novo episódio isquêmico , se tratados com um stent farmacológico ao invés de stents convencionais. De acordo com Dra. Laura Mauri , da Harvard Medical School , que apresentou os resultados durante a 57ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology.
A autora do estudo , comenta que havia algumas preocupações em relação a complicações tardias , que poderiam neutralizar os benefícios inciais do tratamento com stents farmacológicos , no entanto , isso não foi observado no estudo. A autora se refer a trombose tardia do stent ( formação de um coágulo em torno do metal so tent , podendo levar a um novo infarto do miocárdio ). A trombose tardia do stent é mais comum em stents farmacológicos, em relação aos stents convencionais.
O estudo de Massachusetts incluiu todos os pacientes tratados com stents entre 1º de abril de 2003 e 30 de setembro de 2004 , em hospitais da rede privada desse . Para a análise dos dados , os pesquisadores estudaram especificamente os pacientes acometidos por infarto do miocárdio ( mais de 7.000 pacientes no total ), submetidos à tratamento com stents framacológicos ou com stents convencionais.
Os autores relatam que as taxas de morte foram reduzidas em pacientes tratados com stents farmacológicos ( 10,6% em comparação a 13,4% nos pacientes tratados com stents convencionais ) . As taxas de recidiva de infarto do miocárdio ( re-infarto ) também apresentaram uma tendência a favor do tratamento com stent farmacológico.
As taxas de revascularização do vaso-alvo ( necessidade de uma nova angioplastia ou de cirurgia de ponte de safena para a artéria que havia causado o infarpo ) , também foram significativamente mais baixas em dois anos no grupo de pacientes tratados com stent farmacológico (15,5% versus 20,8%).
Um fato adicional , que pode explicar os benefícios dos stents farmacológicos em relação aos convencionais , é o uso mais prolongado da terapia dupla com anti-plaquetários ( clopidoggrel e aspirina ) , nos pacientes com stents farmacológicos.
Fonte:57ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology ( 2008 ).
Artigos relacionados
Veja também
Medicamentos para emagrecer são seguros para o coração?
Atualmente temos alguns medicamentos aprovados pela ANVISA para tratar a obesidade no Brasil, como o Orlistat, Sibutramina, Liraglutida e Semaglutida. Orlistat (Lipiblock, Xenical) 1- Atua inibindo a absorção de parte da gordura dos alimentos. 2- Não apresenta efeitos sobre o sistema cardiovascular, logo, pode ser…
Alteração difusa da repolarização ventricular (ADRV)
O termo alteração difusa de repolarização ventricular é utilizado em laudos de eletrocardiograma (ECG) para descrever alterações do segmento ST do ECG, como ausência, achatamento ou inversões assimétricas das ondas T. Alguns médicos podem empregar a abreviatura ADRV. A onda T é um dos elementos…
Benefícios do controle da pressão arterial
O controle adequado da pressão arterial (PA) é uma medida vital para preservar a saúde cardiovascular e evitar complicações sérias. Primeiramente, manter a PA dentro dos limites normais reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e ataques cardíacos. Quando a…
Você sabe o que é a miocardiopatia não compactada?
A miocardiopatia não compactada (MNC), também conhecida como miocárdio não compactado, é uma condição rara do músculo cardíaco que afeta a estrutura do ventrículo esquerdo (VE). O VE é a principal das quatro câmaras do coração. Ela bombeia o sangue oxigenado em direção ao cérebro…