Estudos genéticos vêm indicando que a iniciação do tabagismo, o grau de dependência, a dificuldade em deixar de fumar e a manutenção da abstinência são substancialmente determinados por um tipo de herança complexa, a qual envolve múltiplas variantes genéticas.
Estima-se que os fatores genéticos possam ser responsáveis por até 60% do risco de início e 70% da manutenção da dependência à nicotina.
Diversas variantes genéticas já foram identificadas, todavia, algumas estão sendo mais amplamente estudadas, especialmente pela consistência dos achados em diferentes aspectos do tabagismo. Entre os sistemas de neurotransmissores cerebrais, o circuito dopaminérgico (mediado pela dopamina) e o circuito serotonérgico (mediado pela serotonina) são os mais estudados.
As variantes nos genes que regulam a enzima monoaminoxidase (MAO-A e MAO-B) e no gene CYP2A6, responsável pela transformação da nicotina em cotinina no fígado, possivelmente estejam envolvidos em vários aspectos ligados ao tabagismo.
Apesar de todo esse crescente conhecimento, ainda não está claro o papel da hereditariedade no manejo do tabagismo na prática diária.
Fonte:Diretrizes para Cessação do Tabagismo(2008)
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