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Infarto do miocárdio (ataque cardíaco): Angioplastia coronariana ou trombólise? 

O infarto do miocárdio (ataque cardíaco),  ocorre quando há uma interrupção súbita e intensa do fluxo de uma artéria coronária , que irriga uma região  do coração , ocorrendo  morte de parte do tecido cardíaco. O infarto do miocárdio é a principal causa de morte no mundo ocidental.

Geralmente , a causa desta interrupção do fluxo sangüíneo  , é um acidente da  placa de ateroma , ou seja, uma ruptura de uma placa de gordura . Esta ruptura acarreta a formação de um coágulo que interrompe o fluxo sangüíneo neste local da artéria. O  infarto do miocárdio  , é uma das manifestações da doença arterial coronariana , caracterizada pela formação de ateromas na parede das artérias coronárias .

Conforme o traçado do eletrocardiograma, o médico assistente poderá suspeitar que a artéria causadora do infarto do miocárdio  , esteja obstruída parcialmente ou totalmente (infarto do miocárdio  sem ou com supradesnível do segmento ST no eletrocardiograma).

No primeiro caso, não será necessário a realização de um cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia de emergência, pois nestes casos o tratamento inicial será com medicações para tentar dissolver o coágulo (trombo) , formado na artéria (medicamentos antiplaquetários e anticoagulantes ).

No segundo caso, será necessário utilizar uma opção de tratamento que possibilite abrir a  artéria  totalmente obstruída o mais rápido possível, desta forma, minimizando a área cardíaca afetada pelo  infarto do miocárdio . Para tal, dispomos de duas modalidade de tratamento: os trombolíticos (administrados de forma injetável através de uma veia no braço, processo chamado de trombólise) ou a angioplastia coronariana primária  (introdução de um cateter provido de uma balão em sua extremidade, até o local obstruído, permitindo assim, o restabelecimento do fluxo de sangue).

Angioplastia coronariana ou trombólise?

Sabemos que a maioria dos centros médicos não dispõem de um laboratório de hemodinâmica , capaz de realizar uma angioplastia cornarina . Nesses casos, a trombólise passa a ser a opção inicial (principalmente nas primeiras 3 horas de infarto), embora em certos casos , seja interessante a transferência do paciente infartado para um local capaz de realizar uma angioplastia coronariana.

Inúmeros estudos realizados , comprovaram as vantagens da angioplastia coronariana em relação  à trombólise . A angioplastia coronariana no infarto do miocárdio , chamada de angioplastia primária , é capaz de restabelecer o fluxo da artéria coronária a um nível normal  em mais de 90% dos pacientes, associado a reduzidas taxas de isquemia recorrente e novo infarto e, ainda , sem o risco da ocorrência de  hemorrágias graves (associadas à trombólise) , como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral).

Até o momento, 23 estudos compararam os dois métodos, sendo avaliados ,  7.739 pacientes . Ao final dos primeiros 30 dias, a angioplastia primária reduziu o risco de morte ( 7% quando comparado aos 9% da trombólise ) ,  novo infarto (2,5% versus 6,8%) e o derrame cerebral  (1% versus 2%).

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia ( 2008 ).

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