Quem pensa em fazer a cirurgia de redução de estômago deve ter certeza de que irá fazer seu dever de casa antecipadamente, e entender que será necessária uma mudança drástica na alimentação para que a cirurgia seja bem sucedida, aconselha a chefe da agência de saúde do governo dos Estados Unidos, responsável pela investigação sobre os cuidados de saúde e segurança dos doentes.
“A pessoa que tem sucesso na perda e manutenção de peso come de forma muito, muito diferente. Essencialmente, você tem que comer bem menos do que o normal”. Esclareceu a Dra. Carolyn Clancy, diretora da Agência de Saúde e Pesquisa de Qualidade, em Rockville, Maryland, à Reuters Health.
“A cirurgia não é livre de riscos. É realmente importante para todas as pessoas saber onde estão entrando”, disse a Dra. Clancy.
Clancy tem escrito sobre a realidades das operações de perda de peso, conhecidas como cirurgia bariátrica, nas últimas edições de Nursing for Women’s Health e Womens’s Health, ambos publicados pelaAssociation of Women’s Health, Obstetric and Neonatal Nurses.
A diretora apontou, durante uma entrevista, que, apesar de a cirurgia no estômago ter crescido em popularidade, apenas uma fração de pessoas realmente se beneficiou com ela. De acordo com a AHRQ, o procedimento é mais benéfico em pessoas com a índice de massa corporal de 40 kg/m² ou mais, ou indivíduos com índice de massa corporal de 35 kg/m² com doenças associadas sérias, principalmente o diabete.
“A cirurgia não é livre de riscos. É realmente importante para todas as pessoas, tanto homens como mulheres, saber dos riscos e ter certeza sobre onde eles estão entrando”, disse Clancy.
A diretora chega a afirmar que 7% das pessoas que fizeram a cirurgia precisam ser hospitalizadas novamente por conta de complicações. A estimativa é de que quatro em cada 10 pessoas podem ter complicações seis meses após a cirurgia. Essas complicações incluem náuseas, câimbras e vômitos, que em geral são provocados por comer demais.
As pessoas também devem procurar um cirurgião e equipe de saúde para esclarecer os efeitos da cirurgia, pois um acompanhamento pós-cirúrgico é tão importante quanto o processo em si. Se o paciente não sentir confiança no cirurgião, ou se ele não quer ouvir as suas preocupações, procure outro especialista, recomenda a diretora.
Fonte: Medscape.
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