Com base nos estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretrizes do Ministério da Saúde concluí-se que boas práticas alimentares irão fornecer, em quantidade e qualidade, alimentos adequados para suprir as necessidades nutricionais definidas pelo crescimento e desenvolvimento, com isso contribuindo para existência de crianças saudáveis.
O consumo precoce de alimentos complementares interfere na manutenção do aleitamento materno. Muitas vezes, estes alimentos não suprem as necessidades nutricionais dessa faixa etária, na qual a velocidade de crescimento é elevada, tornando os lactentes mais vulneráveis tanto à desnutrição quanto a deficiências de certos micronutrientes.
A OMS, que preconiza o uso de leite materno exclusivo até os seis meses de idade. A partir deste período, está indicada a introdução de alimentos complementares, e deve-se promover a manutenção da amamentação até os dois anos ou mais.
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria estabeleceram, para crianças menores de dois anos, dez passos para a alimentação saudável.
Passo 1. Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.
Passo 2. A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3. Após os seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes), três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
Passo 4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida.
Passo 7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
Passo 8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequada.
Passo 10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Ana Flávia Pinheiro – Nutricionista – CRN1004.
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