Pacientes com gripe, causada pelo vírus da influenza, apresentaram um risco cerca de seis vezes maior de serem internados por infarto do miocárdio nos 7 dias seguintes a infecção. A infecção pelo vírus da influenza foi confirmada através de exames de laboratório em todos os pacientes.
O risco foi mais evidente em pacientes mais velhos, e foi independente do estado de vacinação contra a gripe ou história prévia de hospitalização por infarto do miocárdio.
O pesquisadores analisaram registros do seguro de saúde da cidade de Ontário (Canadá) de pessoas testadas para vírus respiratórios de maio de 2009 até maio de 2014.
Os autores do estudo afirmam que o aumento do risco de infarto do miocárdio, independentemente do status de vacinação, não deve ser visto como evidência de que as vacinas contra a gripe são ineficazes. O estudo não foi projetado para avaliar a eficácia das vacinas. No entanto, sugere que, se os pacientes vacinados tiverem gripe de gravidade suficiente para justificar o teste para identificar o vírus da influenza, o risco de infarto do miocárdio aumenta para um nível semelhante ao dos pacientes não vacinados.
O estudo parece fortalecer a importância da vacinação contra a gripe, além da necessidade de adotar medidas para prevenir a propagação de vírus respiratórios, especialmente para pacientes com fatores de risco cardiovasculares, como idosos, hipertensos, diabéticos, fumantes, etc.
A gripe é uma infecção viral que afeta especialmente as vias aéreas e o pulmão. Para contraí-la, basta entrar em contato com secreções de pessoas infectadas. Após um espirro, por exemplo, o vírus da influenza se adere às células do aparelho respiratório do novo hospedeiro e passa a se multiplicar em alta velocidade.
Febre, calafrios, dores no corpo e cabeça, coriza, tosse, congestão nasal, entre outros, são os sintomas mais comuns da gripe.
Fonte: New England Journal of Medicine.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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