A organização Mundial da Saúde (OMS) considera, na atualidade, a obesidade um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. O Brasil apresenta cerca de 20% da população adulta, entre homens e mulheres, acima de um peso saudável.
A obesidade é o excesso de gordura corporal causado por um desequilíbrio entre a quantidade de calorias consumida pelo organismo e a quantidade de calorias gasta pelo mesmo. A obesidade é avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC).IMC =PESO (Kg)/ Altura (m) x Altura (m).
CLASSIFICAÇÃO DE IMC PELA OMS- IMC (kg/m2)
< 18 MAGRO OU INICIO DE DESNUTRIÇÃO
18 – 24,9 PESO NORMAL
25 – 29,9 EXCESSO DE PESO
> 30 OBESIDADE
> 40 OBESIDADE MÓRBIDA
Excesso de peso ou obesidade pode ser decorrente de fatores como:
-Consumo maior de alimentos além da necessidade energética do organismo;
-Erro alimentar;
-Gasto menor de energia (sedentarismo ou pouca atividade física);
-Fatores genéticos;
-Problemas fisiológicos.
Existem dois tipos de obesidade:
-Obesidade Andróide ou tipo maçã: o excesso de gordura está localizado na região abdominal ou tronco. Este tipo é o mais está associado a complicações metabólicas como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e complicações cardiovasculares.
-Obesidade Ginecóide ou tipo pêra: o excesso de gordura está localizado nos quadris e não traz muitos riscos à saúde.
Reorganizar o consumo alimentar é um passo fundamental para o tratamento da obesidade.
De acordo com Howarth et al a maioria dos estudos publicados indicam que um aumento no consumo de fibras solúveis e insolúveis proporciona saciedade e diminui consequentemente a fome.Alimentos ricos em fibras exigem maior tempo de mastigação, o que estimula a salivação e diminui a ingestão de outros alimentos; o que proporciona uma redução no consumo calórico. A mastigação também exerce efeito direto sobre o hipotálamo, produzindo sensação de saciedade.
As fibras alimentares do tipo solúveis são as mais importantes no tratamento da obesidade. Entre elas estão as frutas, a aveia, a cevada, as leguminosas (como a lentilha, o feijão, o grão-de-bico, a ervilha) e as hortaliças. Sua principal ação é formar géis no estômago, formando bolos alimentares mais viscosos, que influenciam nas respostas nervosas dizendo ao organismo que está saciado. Essa saciedade leva também à redução da ingestão de outros alimentos, durante e mesmo um tempo após a refeição.
Especialistas insistem que as fibras podem ser utilizadas no controle da obesidade, pois não são digeridas pelo organismo e não fornecem calorias. Desta forma, elas favorecem uma sensação de saciedade mesmo com a ingestão de poucas calorias.Mas, além disso, estudos vêm comprovando que as fibras reduzem a quantidade de calorias que são absorvidas dos alimentos. Pesquisadores na USDA Beltsville Human Nutrition Research Center em Maryland testaram 9 dietas com variadas quantidades de fibras e gordura. As pessoas que se alimentaram da dieta contendo mais fibras absorveram menos gordura do que aquelas que comeram poucas fibras.
Ana Flávia Pinheiro – Nutricionista – CRN 1004.
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