Uma pesquisa feita pelo Instituto Dante Pazzanese, hospital da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, referência nacional em cardiologia, apontou que 65% dos esportistas que passam pelo departamento de medicina esportiva deste hospital, nunca haviam feito um exame cardiológico antes de ingressarem nos esportes.
Além disso, aproximadamente 8% dos pacientes têm algum tipo de doença ou fator de risco prévio, acarretando um maior risco de complicações cardiovasculares como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou arritmias cardíacas graves durante suas competições esportivas.
Outro problema comumente detectado nos atletas é a taxa de colesterol elevada, que pode causar a doença arterial coronariana (presença de placas de gordura na parede das artérias do coração), fruto de uma alimentação inadequada e ausência de uma orientação nutricional especializada. Por ano, o departamento de medicina esportiva do Instituto Dante Pazzanese realiza cerca de 3.600 atendimentos.
“A maioria dos atletas é jovem e nunca sentiu nenhum sinal ou sintoma de doença cardiológica, por isso eles acham que não precisam procurar um cardiologista”, explica o cardiologista Nabil Ghorayeb, que é o responsável pelo departamento.Segundo ele, o fato de um esportista não passar por um acompanhamento cardiológico mais detalhado pode esconder o risco de uma doença capaz de desencadear um evento cardiovascular durante uma sessão desportiva.
No departamento de medicina esportiva, o principal objetivo é detectar possíveis problemas no coração e preveni-los. O atleta atendido pela equipe médica passa por uma série de consultas e exames complementares, como análises laboratotriais mínimas , eletrocardiograma de repouso, teste ergométrico ou teste de esforço, ecocardiograma (ultrassom do coração) e o teste cardiopulmonar (ergoespirometria).
Fonte: Secretaria da Saúde-SP.
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