Os médicos querem que seus pacientes fumantes (na última contagem, cerca de 38 milhões nos EUA) parem de fumar. Os efeitos adversos dos cigarros convencionais são bem conhecidos, mas pouco se sabe sobre os cigarros eletrônicos.
As opiniões iniciais sobre os cigarros eletrônicos foram negativas, porque contêm nicotina, bem como substâncias cancerígenas no aerossol emitido. Fora dos Estados Unidos essa visão evoluiu, e os cigarros eletrônicos são agora comercializados em alguns países como auxiliares no processo de parar de fumar.
Recentemente, os Estados Unidos parecem ter chegado a uma visão semelhante sobre cigarros eletrônicos. Como aponta o Dr. Kenneth W. Lin, professor da Georgetown University School of Medicine, “embora a investigação sobre os cigarros eletrônicos ainda seja bem escassa, e ainda estejamos tentando descobrir os efeitos em longo prazo, o consenso agora é que se você estiver for usar algum cigarro, escolha os cigarros eletrônicos”.
Reconhecendo que as evidências embasando o uso dos cigarros eletrônicos como auxiliares para ajudar adultos a parar de fumar são inconclusivas, o Dr. Lin acredita que os fumantes que tentaram parar de inúmeras outras maneiras devem tentar cigarros eletrônicos. “Normalmente, você acaba dizendo que não poderia ser pior para você do que o que você está fazendo agora”, admite.
A principal preocupação sobre os cigarros eletrônicos é se os não fumantes que os experimentam, sobretudo os jovens, vão passar para os cigarros convencionais. Muitos estudos têm indicado que o uso de cigarros eletrônicos pelos jovens aumenta as chances deles fumarem cigarros convencionais (o dobro, de acordo com dados recentes).
“A maioria dos adolescentes com quem eu falo tem experimentado cigarros eletrônicos, e muitos acreditam que estes são menos prejudiciais do que os cigarros convencionais”, observa o Dr. Lin. “Se isso virar uma tendência generalizada, podemos acabar com toda uma geração de adolescentes viciada em cigarros, o que poderia não ter acontecido se não tivessem tido a opção do cigarro eletrônico”, adverte.
“Quando orientamos adolescentes, devemos adotar a posição de que eles não devem começar a fumar de jeito nenhum, nem os cigarros eletrônicos”, ressalta.
O Dr. Lin finaliza: “cigarros eletrônicos podem ser menos prejudiciais do que os cigarros comuns, mas apenas para os adultos que já fumam uma grande quantidade destes”.
Fonte: Medscape.
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