Um estudo avaliou os erros relacionados à administração de medicamentos injetáveis, em 1.328 pacientes internados em 113 unidades de terapia intensiva (UTIs), em 27 países distintos.
Os autores da pesquisa observaram que em 1/3 destes pacientes, a administração dos medicamentos injetáveis foi incorreta. Foram analisados, durante um período de 24 horas, os erros relacionados à dose da medicação, horário e via de administração ou ainda, a omissão (falta de administração do medicamento).
Os fatores determinantes destes erros também foram avaliados. Os autores do estudo observaram 861 erros de administração dos medicamentos injetáveis, afetando 441 pacientes (cerca de 1/3 da amostra destes pacientes). O erro mais comumente observado foi o de omissão (falta de administração do medicamento), responsável por ¾ do total de erros. Os autores do estudo estimaram que 1% da amostra destes pacientes apresentou alguma complicação grave em sua saúde, ou até a mesmo, a morte. O acometimento de vários órgãos, a necessidade concomitante de inúmeras medicações, UTIs com um maior número de leitos e uma maior relação entre pacientes e enfermeiros, foram indicadores de uma maior chance de erros de administração destes medicamentos injetáveis.
Estes dados internacionais confirmam a alta incidência de erros na administração destes medicamentos injetáveis, em pacientes internados em UTIs. Tais erros não só são comuns, mas também podem ocasionar prejuízos permanentes a saúde ou até a morte destes pacientes.
Fonte: BMJ (2009).
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