Anemia atinge 29,4% das mulheres de 15 a 49 anos e 20,9% das crianças menores de 5 anos, alerta o MS
A anemia (diminuição das taxas de glóbulos vermelhos no sangue) atinge 29,4% das mulheres de 15 a 49 anos e 20,9% das crianças menores de cinco anos, pesquisadas pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) para o Ministério da Saúde (MS).
Foram analisadas 5.669 amostras de sangue de mulheres e 3.455 de crianças. A situação mais preocupante é no Nordeste, onde a carência de ferro é de 40% entre as mulheres e de 25,5% entre as crianças.
Os resultados do estudo indicaram ainda que 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres apresentam hipovitaminose A (insuficiência da vitamina A). Entre as crianças, os índices mais preocupantes são os do Sudeste (21,6%) e do Nordeste (19%).Nos dois públicos, a incidência maior foi na área urbana.
As duas deficiências são as de maior ocorrência no mundo, gerando a redução da imunidade a maior propensão as infecções, problemas de desenvolvimento nas crianças e, em casos mais graves, até retardo mental e cegueira. Para o combate a essa situação, o ministério já desenvolve ações de suplementação de ferro, educação nutricional e fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico em todo o Brasil.
Os dados explicitam que a anemia e a insuficiência de vitamina A entre as crianças e as mulheres são problemas de saúde pública no Brasil e exigem ações específicas do Ministério da Saúde, como o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, criado em 2005. O programa garante a suplementação universal de todas as crianças de seis a 18 meses, de gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o terceiro mês após o parto.
As regiões Nordeste e Norte de Minas Gerais são consideradas endêmicas quanto à hipovitaminose A, para onde são fornecidas 8,5 milhões de cápsulas de vitamina A anualmente para crianças e mulheres. Entre as ações do Ministério está ainda a orientação à rede de saúde para a adoção de conduta nutricional baseada no aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade do bebê.
Fonte:CREMESP(2009).
Artigos relacionados
Veja também
Medicamentos para emagrecer são seguros para o coração?
Atualmente temos alguns medicamentos aprovados pela ANVISA para tratar a obesidade no Brasil, como o Orlistat, Sibutramina, Liraglutida e Semaglutida. Orlistat (Lipiblock, Xenical) 1- Atua inibindo a absorção de parte da gordura dos alimentos. 2- Não apresenta efeitos sobre o sistema cardiovascular, logo, pode ser…
Alteração difusa da repolarização ventricular (ADRV)
O termo alteração difusa de repolarização ventricular é utilizado em laudos de eletrocardiograma (ECG) para descrever alterações do segmento ST do ECG, como ausência, achatamento ou inversões assimétricas das ondas T. Alguns médicos podem empregar a abreviatura ADRV. A onda T é um dos elementos…
Benefícios do controle da pressão arterial
O controle adequado da pressão arterial (PA) é uma medida vital para preservar a saúde cardiovascular e evitar complicações sérias. Primeiramente, manter a PA dentro dos limites normais reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e ataques cardíacos. Quando a…
Você sabe o que é a miocardiopatia não compactada?
A miocardiopatia não compactada (MNC), também conhecida como miocárdio não compactado, é uma condição rara do músculo cardíaco que afeta a estrutura do ventrículo esquerdo (VE). O VE é a principal das quatro câmaras do coração. Ela bombeia o sangue oxigenado em direção ao cérebro…