A deficiência da vitamina D aumenta o risco relativo de morte em cerca de 26%. Essa é a constatação de um grande estudo que acompanhou cerca de 13.000 pessoas por mais de 20 anos, com uma média de acompanhamento de cada pessoa de 8 anos.
Pesquisadores de Nova York (Estados Unidos) dosaram os níveis de vitamina D nos participantes do estudo, que não demonstrou um aumento do número de casos de câncer ou um aumento significativo de mortes de origem cardíaca.
Os autores do estudo sugerem a dosagem de vitamina D em mulheres, pessoas idosas, portadores de osteoporose, elevado índice de massa corporal (altura dividida pelo peso ao quadrado) e fumantes, pois estes grupos são mais propensos a ter baixos níveis de vitamina D.
Os autores ainda lembram que a reposição de vitamina D não está indicada para população em geral como uma estratégia preventiva, exceto nos casos de deficiência comprovada.
Para a população geral, os pesquisadores sugerem a ingestão de alimentos ricos em vitamina D (leite e derivados e óleos de peixes, como do atum e salmão), além de uma exposição à luz solar (cerca de 10 a 15 minutos, 3 a 4 vezes por semana). Em relação as doenças cardiovasculares, os autores do estudo lembram da necessidade de realizar um estudo em pacientes cardíacos, visando saber se a reposição de vitamina D poderia ser capaz de diminuir o risco de morte cardiovascular.
Fonte: Archives of Internal Medicine.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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