A resposta é sim. Pelo menos é o quê um recente estudo, conduzido por pesquisadores da conceituada clínica Mayo ( Rochester , Estados Unidos ), constatou.Cerca de 197 pacientes, submetidos à cirurgia bariátrica, foram comparados com 163 pacientes obesos que não foram operados (grupo de controle).
Antes da cirurgia , o escore de Framingham , que serve para predizer o risco de infarto e de morte em 10 anos , era medido no grupo a ser submetido à cirurgia bariátrica e também no grupo de pacientes controles. Esses valores eram semelhantes : 6,5% de risco para o grupo a ser operado e 7,1% para o grupo de controles. Passado vários meses após a cirurgia , o risco do grupo dos operados caiu de 6,5% para 3,5% (uma redução do risco de 18 a 79% , com média de 45%). No grupo de controles , esse risco praticamente não se alterou , variando de 7,1% para 7,0%.
Os autores concluem que , embora a cirurgia bariátrica não tenha demonstrado de forma definitiva que diminui a incidência de infarto e de morte cardíaca , as perspectivas são animadoras , pois já sabemos atualmente o seu impacto favorável sobre os fatores de risco cardiovascular e grau de risco cardiovascular , analisado através do escore de Framingham.
Fonte: American Journal of Cardiology.
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