Em uma recomendação científica atualizada, a Associação Americana do Coração (American Heart Association) reafirma o conselho de que os adultos consumam peixe duas vezes por semana para ajudar a reduzir o risco de insuficiência cardíaca (falência cardíaca), doença arterial coronariana (obstruções das artérias do coração por placas de gordura ou ateromas), parada cardíaca e acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
Especificamente, a entidade norte-americana recomenda comer duas porções de 3,5 onças de peixe (cerca de 100 gramas) por semana, de preferência, “peixes gordos”, como o salmão, cavala, arenque, truta, sardinha ou atum, que são todos ricos em ácidos graxos (gorduras) poliinsturados ômega-3 de cadeia longa. Os peixes não devem ser fritos, podendo ser ingeridos crus, assados ou grelhados.
Uma porção de “peixe gordo” por semana, como o salmão, fornece o aporte diário de aproximadamente 250 mg de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 de cadeia longa, enquanto múltiplas porções de “peixe magro”, como o bacalhau, são necessárias para alcançar o ingestão recomendada.
O comunicado observa que em 2014 a média de ingestão de frutos do mar nos Estados Unidos foi de 1,3 porções por semana, um aumento modesto em relação ao ano de 1999 (1,1 porções por semana), e ainda, bem abaixo das recomendações atuais.
Acredita-se que os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 de cadeia longa da dieta sejam capazes de reduzir os triglicerídeos, atuar positivamente na atividade elétrica do coração (efeito antiarrítmico) e na função endotelial, além de reduzir a pressão arterial e inflamação.
Fonte: Circulation.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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