O conceito que o excesso de gordura corporal aumenta o risco de doença arterial coronariana (desenvolvimento de placas de gordura na parede das artérias do coração) está bem estabelecido.
A obesidade associa-se a novos casos de angina do peito, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e morte. As mortes de outras causas, como o câncer, também são mais comuns em obesos. No entanto, é importante estratificarmos o grau de obesidade através do índice de massa corporal (peso dividido pela altura ao quadrado), o chamado IMC.
Consideramos um peso normal quando o IMC está entre 18,5 e 24,9 kg/m2; sobrepeso quando está entre 25 e 29,9 kg/m2; obesidade grau 1 quando está entre 30 e 34,9 kg/m2; obesidade grau 2 quando está entre 35 e 39,9 kg/m2; e obesidade grau 3 quando é maior ou igual a 40 kg/m2.
Um estudo realizado na universidade de Pittsburg coletou dados de cerca de mulheres de 50 a 79 anos, acompanhadas por cerca de 7 anos ou mais.
Os resultados do estudo demonstraram claramente que o risco de morte por doença arterial coronariana (DAC) ou por outras causas estava na dependência direta do grau de obesidade.
Observe as taxas de mortalidade por categoria de peso
peso normal – sobrepeso – obesidade 1 – obesidade 2 – obesidade 3
Mortes por todas as causas
68 71 84 102 116
Mortes por doença arterial coronariana
5,9 5,5 8,4 12,17 12,65
Fica claro, com os resultados deste estudo, que as pacientes com graus mais avançados de obesidade necessitam de formas mais radicais de tratamento para o obesidade, como a cirurgia bariátrica, pelo elevado risco de morte cardíaca e não cardíaca.
Fonte: JAMA.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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