Estudos sugerem que fatores reprodutivos ao longo da vida das mulheres podem estar associados a maior risco de doenças cardiovasculares. Um novo estudo britânico investigou quais seriam esses fatores.
Entre 2006 e 2010, pesquisadores recrutaram mais de 500 mil participantes entre 40 e 69 anos do Reino Unido. Durante sete anos de acompanhamento foram registrados 9.054 casos de doença cardiovascular (34% das mulheres), 5.782 casos de doença arterial coronariana (28% das mulheres) e 3.489 casos de acidente vascular cerebral (43% das mulheres).
-Histerectomia com ooforectomia (retirada do útero e dos ovários);
-Menopausa precoce (cessação das menstruações com menos que 47 anos de idade);
-Histerectomia sem ooforectomia (retirada apenas do útero, preservando os ovários);
-Natimorto (feto viável que foi expulso morto do útero materno);
-Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos);
-Aborto espontâneo.
O estudo INTERHEART (estudo dos fatores de risco no infarto do miocárdio) observou que o pico de aparecimento do primeiro infarto do miocárdio nas mulheres era em média 8 anos depois dos homens, ou seja, 63 anos versus 55 anos.
Acredita-se que a produção do estrogênio seja um importante fator protetor contra à aterosclerose (formação de placas de gordura ou ateromas na parede das artérias).
Estudos vêm demonstrando que a incidência de doenças cardiovasculares aumenta após o climatério. O estrogênio exerce uma gama variada de efeitos que podem contribuir para os seus aparentes efeitos benéficos, incluindo efeitos favoráveis no perfil lipídico (gorduras circulantes no sangue), atividade antioxidante, aumento da fibrinólise (capacidade de dissolver coágulos) e uma série de ações nos vasos sanguíneos.
Fonte: Heart.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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