A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. O Brasil apresenta cerca de 40% de sua população adulta, entre homens e mulheres, acima de um peso saudável (sobrepeso ou obesidade).
A obesidade é o excesso de gordura corporal causado por um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico de calorias. Esta doença é avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é o PESO (Kg) dividido Altura (m) ao quadrado ( P/ AxA).
Classificação do IMC pela OMS:
< 18 MAGRO OU INICIO DE DESNUTRIÇÃO
18 – 24,9 PESO NORMAL
25 – 29,9 EXCESSO DE PESO
> 30 OBESIDADE
> 40 OBESIDADE MÓRBIDA
Excesso de peso ou obesidade pode ser decorrente de fatores como:
– Consumo excessivo de alimentos (ingestão que supera as necessidade energéticas do organismo);
– Erros alimentares;
– Gasto menor de energia (sedentarismo ou pouca atividade física);
– Fatores genéticos;
– Problemas fisiológicos.
Existem dois tipos de obesidade:
– Obesidade androide ou tipo maçã: o excesso de gordura está localizado na região abdominal ou tronco. Este tipo é o mais está associado a complicações metabólicas como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e complicações cardiovasculares.
– Obesidade ginecoide ou tipo pera: o excesso de gordura está localizado nos quadris e não traz muitos riscos à saúde.
Reorganizar o consumo alimentar é um passo fundamental para o tratamento da obesidade. De acordo com Howarth e seus colaboradores, a maioria dos estudos publicados indicam que um aumento no consumo de fibras solúveis e insolúveis proporciona saciedade e diminui consequentemente a fome.
Alimentos ricos em fibras exigem maior tempo de mastigação, o que estimula a salivação e diminui a ingestão de outros alimentos; o que proporciona uma redução no consumo calórico. A mastigação também exerce efeito direto sobre o hipotálamo, produzindo sensação de saciedade.
As fibras alimentares do tipo solúveis são as mais importantes no tratamento da obesidade. Entre elas estão as frutas, a aveia, a cevada, as leguminosas (como a lentilha, o feijão, o grão-de-bico, a ervilha) e as hortaliças. Sua principal ação é formar géis no estômago, formando bolos alimentares mais viscosos, que influenciam nas respostas nervosas dizendo ao organismo que está saciado. Essa saciedade leva também à redução da ingestão de outros alimentos, durante e mesmo um tempo após a refeição.
Especialistas insistem que as fibras podem ser utilizadas no controle da obesidade, pois não são digeridas pelo organismo e não fornecem calorias. Desta forma, elas favorecem uma sensação de saciedade mesmo com a ingestão de poucas calorias.Mas, além disso, estudos vêm comprovando que as fibras reduzem a quantidade de calorias que são absorvidas do s alimentos.
Pesquisadores da Beltsville Human Nutrition Research Center (Maryland, estados Unidos) testaram 9 dietas com variadas quantidades de fibras e gordura. As pessoas que se alimentaram da dieta contendo mais fibras absorveram menos gordura do que aquelas que comeram poucas fibras.
Autora: Dra. Ana Flávia Pinheiro – Nutricionista – CRN 1104.
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