Estima-se que 70% de todos os pacientes diabéticos sejam hipertensos, e na ocasião do diagnóstico, quatro a cada dez diabéticos já apresentam hipertensão arterial.
Existem mecanismos comuns que levam ao aparecimento dessas duas doenças. O fato é que a maioria dos pacientes diabéticos morrerão de uma doença cardiovascular, como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral (derrame cerebral), insuficiência cardíaca (coração fraco), entre outras.
A presença de hipertensão arterial aumenta significativamente o risco dos pacientes diabéticos, por isso, precisa ser tratada adequadamente.
Metas de pressão arterial em diabéticos hipertensos
-Em pacientes com diabetes, as metas de PAS (Pressão Arterial Sistólica ou pressão arterial máxima) abaixo de 130 mmHg e PAD (Pressão Arterial Diastólica ou pressão arterial mínima) abaixo de 80 mmHg podem ser razoáveis, se bem toleradas.
-Em pacientes com doença arterial coronariana estabelecida (antecedentes de infarto do miocárdio e/ou angioplastia coronariana, por exemplo), não é recomendado reduzir a pressão arterial abaixo de 120/70 mmHg.
-Em pacientes com diabetes com 80 anos ou mais, um alvo de PAS menor que 150 mmHg é razoável.
-Em pacientes com hipertensão estágio grave ou grau III (definida como pressão arterial igual ou maior que 180/110 mmHg), a pressão arterial alvo inicial deve ser menor que 140/90 mmHg.
-Em pacientes com diabetes e albuminúria (perda de proteína na urina, ou seja, mais de 30 mg/g de creatinina), recomenda-se que a PAS e os alvos da PAD sejam abaixo 130 e abaixo de 80 mmHg, respectivamente.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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