Um estudo realizado na Alemanha sugere que a ressonância magnética cardíaca (RMC) é segura e traz importantes informações para os cardiologistas. “Em cerca de 45% dos pacientes dos casos, o tratamento do paciente foi alterado a partir dos resultados da RMC”, diz o autor principal do estudo, o Dr. Oliver Bruder (Elizabeth Hospital, Essen, Alemanha).
Nos últimos cinco anos a RMC tem sido cada vez mais utilizada na prática clínica em países europeus como a Alemanha, Espanha, Inglaterra e Portugal. No entanto, existem poucas informações sobre o impacto deste procedimento na prática clínica.
Para avaliar as indicações, qualidade de imagem, segurança e o impacto da RMC sobre a conduta clínica dos pacientes cardiopatas, os pesquisadores analisaram dados de um registro com 11.040 pacientes submetidos à RMC em 20 centros na Alemanha.
Complicações graves que exigiram permanência no hospital, ocorreram em apenas cinco pacientes e, geralmente, foram relacionadas com o estresse do procedimento. Devemos lembrar qua a claustrofobia é um fator limitante para o exame.Nenhum paciente morreu durante a RMC. Complicações leves ocorreram em apenas 1,1% dos pacientes.
As três principais indicações da RMC foram: a miocardite e/ou cardiomiopatias (doenças dos músculo cardíaco) em 32% dos pacientes, estratificação de risco na doença arterial coronariana (obstruções das artérias do coração por placas de gordura) em 31% dos pacientes, e a pesquisa da viabilidade do músculo cardíaco em 15% dos pacientes.Esta última indicação tem como objetivo diferenciar áreas do músculo cardíaco viáveis (vivas) de outras áreas não viáveis (mortas), após um infarto do miocárdio, por exemplo.
Os autores do estudo concluíram que, quando bem indicada, a RMC foi capaz de responder em mais de 98% dos casos as perguntas clínicas realizadas pelos médicos que solicitaram o exame.
Fonte: JACC.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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