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Qual é o risco real de trombose venosa em voos de avião? Como prevenir?
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Qual é o risco real de trombose venosa em voos de avião? Como prevenir? 

O risco de uma trombose nas veias profundas das pernas, ou seja, formação de coágulos, aumenta com a imobilização prolongada dos membros inferiores. O deslocamento de um coágulo formado nas pernas em direção à circulação dos pulmões pode causar uma embolia pulmonar, uma condição grave e potencialmente fatal.

Um estudo de cerca de 9.000 vôos comerciais durante quatro anos e meio, registrou apenas um caso de trombose venosa para cada 4.500 vôos. Embora os estudos prévios mostrem uma associação entre a trombose venosa e os vôos prolongados, com um risco aumentado em até 4 vezes, esses resultados variam de acordo com os métodos empregados em cada estudo.

Em uma revisão dos diversos que abordam o assunto, pesquisadores observaram que o aumento do risco é bem menor do que se imaginava, sendo na ordem de uma e meia até 3 vezes. O risco de embolia pulmonar parece ser ainda menor.

O risco aumenta quando há um grande número de vôos em um pequeno intervalo de tempo. O fato de se viajar na primeira classe ou de classe econômica, também  parecem não afetar esse risco.

A imobilidade das pernas é a grande vilã deste processo, sendo mais propensos os passageiros que não estão sentados nos corredores. Outros fatores de risco conhecidos para trombose venosa durante os vôos de avião: obesidade, cirurgia recente, uso de anticoncepcionais orais (aumentam o risco em 16 vezes) e a presença do Fator da coagulação V Leiden (aumenta o risco em 14 vezes).

As recomendações para reduzir o risco de uma trombose venosa durante um voo de avião são os seguintes: uma boa hidratação, reduzir o consumo de álcool e cafeína, caminhar no corredor e exercitar a musculatura na panturrilha das pernas. O uso de meias de compressão pode diminuir o risco, sendo mais indicadas em pessoas com limitação para locomover-se.

Em relação ao uso de medicamentos, alguns pacientes de maior risco poderão beneficiar-se do uso da aspirina (antiagregante plaquetário) e da heparina de baixo peso molecular (anticoagulante injetável).

Fonte: Lancet.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

 

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