A obesidade caracteriza-se por um aumento do peso, às custas de um acúmulo excessivo de gordura. O peso normal de um indivíduo seria aquele que acarretaria uma chance menor de desenvolver doenças, permitindo uma vida melhor e mais duradoura. No entanto , a separação entre o peso normal e o anormal é arbitrária, podendo haver diferenças entre as diversas populações.
Diagnóstico da obesidade:
A obesidade pode ser diagnosticada levando em conta dois aspectos : qualitativo ( leva em conta a quantidade de excesso de gordura corporal ) e qualitativo ( leva em conta aonde a gordura corporal está localizada, em região central ou periférica ).
– Diagnóstico quantitativo:
É feito através do índice de massa corporal (IMC) que é a relação entre o peso dividido pela altura ao quadrado (IMC = P / H x H). Exemplo um homem de 100 kg e 1,70 m de altura terá um IMC de 100/ 1,70 X 1,70 , ou seja , 34,6 kg/m2. O IMC apresenta limitações. Além de não distinguir gordura central de gordura periférica, o IMC não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo superestimar o grau de obesidade em indivíduos muito musculosos.
Um método que vem ganhando aceitabilidade na prática clínica, pelo desenvolvimento de aparelhos menores e mais baratos , a impedância bioelétrica ou bioimpedância, que é precisa e de fácil utilização, permitindo avaliar com precisão a massa adiposa e a massa de tecidos magros. Aceitam-se como valores normais menos de 25% de tecido adiposo para os homens e menos de 33% de tecido adiposo para as mulheres. O IMC ideal é abaixo de 25 kg/m2 ( peso normal ) , entre 25 e 29,9 kg/m2 temos o sobrepeso e , um IMC maior ou igual a 30 kg/m2 . o quadro de obesidade.
– Diagnóstico qualitativo:
O uso do IMC ignora a distribuição de gordura corpórea. O excesso de gordura pode estar mais concentrado na região abdominal ou no tronco, chamada de obesidade tipo andróide ou central ( em forma de maçã ), mais freqüente (mas não exclusiva) no sexo masculino. Quando este excesso de gordura está mais concentrado na região dos quadris , temos a obesidade tipo ginóide ou periférica (em forma de pêra), mais freqüente (mas não exclusiva) do sexo feminino.
A obesidade andróide caracteriza-se por um acúmulo de gordura dentro da cavidade abdominal (gordura visceral), a qual é ativa metabolicamente , apresentando uma maior correlação com complicações como o diabete melito , hipertensão arterial ,dislipidemias ( anormalidades do colesterol e suas frações ) , como conseqüência, as doenças cardiovasculares.
A obesidade andróide , é um elemento central dentro da chamada síndrome metabólica . Uma forma simples e rápida de detectarmos a obesidade andróide é utilizando a circunferência abdominal (CA), a qual é considerada elevada a partir de 94 cm para os homens e 80 cm para as mulheres. O aumento da CA é um indicativo independente de outros fatores, de um risco cardiovascular aumentado. A obesidade ginóide caracteriza-se por acúmulo de gordura subcutânea, ou seja, debaixo da pele. Este tipo de obesidade apresenta mais correlação como o desenvolvimento de problemas ortopédicos , venosos e estéticos.
O falso(a) magro(a):
Certas pessoas podem ter um índice de massa porporal ( IMC ) , ainda dentro da faixa de peso normal ( abaixo de 25 kg/m2 ) , no entanto , a sua circunferência abdominal está aumentada ( maior que 94 cm para homens e 80 cm para as mulheres ). São aquelas pessoas que , muitas vezes apresentam as pernas e os braços "finos" , mais têm uma barriga saliente.São falsos magros. Este acúmulo central de gordura , é o que mais se relaciona com o aparecimento das doenças cardiovasculares. Por outro lado , podemos nos deparar com uma mulher jovem , com acúmulo de gordura localizado nos glúteos e nos quadris , não havendo acúmulo central , pois a circunferência abdominal é menor que 80 cm. Nestes casos , a gordura têm um implicação mais estética.
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