A doença de Alzheimer é a mais freqüente doença degenerativa do cérebro, na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”.
Dez sintomas alertam familiares e médicos sobre a presença da doença:
– Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
– Dificuldade para realizar tarefas habituais;
– Dificuldade para comunicar-se;
– Desorientação no tempo e no espaço;
– Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
– Dificuldade de raciocínio;
– Colocar coisas no lugar errado, muito freqüentemente;
– Alterações freqüentes do humor e do comportamento;
– Mudanças na personalidade;
– Perda da iniciativa para fazer as coisas.
Em caso de suspeita da doença de Alzheimer, procure um médico neurologista. O diagnóstico da doença ainda é feito pela identificação do quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).
Quando é seguido um roteiro diagnóstico apropriado, baseado em recomendações e consensos internacionais e também nacionais, a identificação da doença fica em torno de 85% nas fases iniciais, aumentando de forma expressiva com o acompanhamento do paciente. Alguns casos, no entanto, podem apresentar manifestações clínicas atípicas ou, em fases muito iniciais, oferecer maiores dificuldades para sua correta identificação, necessitando de avaliação mais especializada.
É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer.
Fonte:Academia Brasileira de Neurologia (2009).
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