A deficiência de testosterona (hormônio masculino), chamada de hipogonadismo, deve ser pesquisada em homens que apresentem sinais e sintomas consistentes com essa condição.
Os principais sintomas da deficiência de testosterona são: declínio do interesse sexual, dificuldade de ereção, falta de concentração e capacidade intelectual, perda de pelos, ganho de peso à custa de gordura, diminuição de massa e força muscular, irritabilidade e insônia, entre outros.
A doença está presente em cerca de 15% dos homens entre 50 e 60 anos, chegando a 50%, ou mais, nos homens com 80 anos.
Recomendamos medir a concentração total de testosterona pela manhã em jejum como teste de diagnóstico inicial. Recomendamos confirmar o diagnóstico, repetindo a medida da concentração da testosterona.
Nos homens que apresentam hipogonadismo, recomendamos avaliação diagnóstica adicional para verificar fatores que possam causar ou agravar a deficiência de testosterona, como insuficiência renal crônica, cirrose hepática, obesidade, síndrome da imunodeficiência adquirida, ação de drogas (finasterida, corticoides, espironolactona, etc.), sedentarismo, tabagismo, entre outras.
Quem deve fazer terapia de reposição com testosterona?
Recomendamos a terapia de reposição estrogênica para homens com deficiência de testosterona sintomática para corrigir queixas sexuais ou outras manifestações de hipogonadismo.
A terapêutica de reposição de testosterona deverá ser evitada em pacientes com câncer de mama (raro em homens) ou próstata, presença de nódulo próstata, antígeno prostático específico (PSA) acima de 4 ng/mL ou acima de 3 ng/ml em homens com risco aumentado de câncer de próstata (por exemplo, afro-americanos e homens com um parente de primeiro grau com câncer de próstata diagnosticado) sem avaliação urológica adicional, hematócrito elevado, apneia obstrutiva do sono grave não tratada, sintomas graves do trato urinário inferior, insuficiência cardíaca descontrolada, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral) nos últimos 6 meses.
Sugerimos que, quando após a instituição da terapia de reposição com testosterona, que as concentrações de testosterona no sangue atinjam valores normais médios durante o tratamento, através do uso de qualquer formulação aprovada com essa finalidade.
Os clínicos devem monitorar os homens que recebem terapia com testosterona sob os seguintes aspectos: avaliação de sintomas, efeitos adversos, medição das concentrações de testosterona e de hematócrito do soro (contagem de glóbulos vermelhos) e risco de câncer de próstata.
Fonte: Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Autor:Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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