A vida nos tempos modernos trouxe algumas conseqüências: a eterna falta de tempo para praticar atividades físicas e a dificuldade em manter uma alimentação equilibrada têm proporcionado um aumento nos índices de obesidade e de problemas como hipertensão e doenças cardiovasculares, especialmente nos homens. Dados da pesquisa Vigitel, desenvolvida pelo Ministério da Saúde, mostrou a evolução da doença: em 1975, o percentual de homens com obesidade era menor que 3%. Em 2003, o número subiu para quase 9%.
A questão da obesidade masculina é preocupante, pois a gordura nos homens é armazenada predominantemente na barriga: é a obesidade abdominal, que pode ser avaliada pela medida da cintura. Esta gordura, também conhecida como visceral, está diretamente ligada ao risco cardiovascular.
Mais sedentários
De acordo com o estudo Vigitel, os homens são mais sedentários que as mulheres: cerca de 50% deles são inativos, entre o sexo feminino a taxa é de 30%. Outra explicação para o aumento da obesidade entre o sexo masculino é o fato das mulheres se preocuparem mais com o excesso de peso, por questões estéticas e de saúde.
"Os homens só procuram um tratamento quando ficam doentes, muitas vezes tarde demais", alerta o endocrinologista Dr. João Eduardo de Nunes Salles. É importante ressaltar que a obesidade nunca vem sozinha – geralmente está associada ao aumento da pressão sanguínea e à elevação dos níveis de colesterol, triglicérides e glicemia.
Coração
Todos estes fatores juntos levam ao desenvolvimento da síndrome metabólica, doença que aumenta em quase três vezes o risco de desenvolver problemas do coração, diabetes tipo 2 e derrames. "A maioria dos problemas ligados à obesidade são reversíveis e podem ser evitados com medidas simples como alimentação e exercícios físicos", diz Dr. Salles.
O desafio para os médicos é fazer os homens entenderem que o excesso de peso traz riscos à saúde.
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