Um estudo chamado Jupiter foi apresentado no congresso da American Heart Association, na cidade de New Orlens (Estados Unidos) em novembro de 2008. O estudo incluiu cerca de 17.800 indivíduos saudáveis com níveis de LDL colesterol ("colesterol ruim") dentro dos níveis da normalidade para o perfil de risco dos participantes.No entanto, estes individuos apresentavam níveis de proteína C reativa (PCR) ultrassensível elevados no sangue.
Metade desses pacientes recebeu uma droga redutora de colesterol, chamada de Rosuvastatina, e a outra metade recebeu comprimidos de placebo (sem efeito terapêutico).A média do LDL colesterol desses pacientes era 108 mg/dl, valor considerado normal por ser abaixo de 130mg/dl.
No final do estudo, o grupo que recebeu Rosuvastatina apresentava um LDL médio de 55mg/dl. A proteína C reativa (PCR) ultrassensível é uma prova de atividade inflamatória, que associa-se a um maior risco de desenvolvimento de aterosclerose coronariana (presença de placas de gordura nas artérias do coração).A PCR ultrassensível costuma ser solicitada em pacientes de médio risco, segundo o escore de risco de Framingham, que inclui em sua avaliação a idade, sexo, pressão arterial máxima, tabagismo, colesterol total e HDL colesterol.
Quando os níveis de PCR ultrassensível estão elevados, os pacientes de médio risco passam a ser considerados de alto risco.
Depois de um ano e nove meses de estudo o comite de ética médica resolveu suspendê-lo pela constatação de uma redução do risco relativo de 44% de um resultado composto de morte cardiovascular, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e derrame cerebral.O resultado desse estudo deverá mudar as condutas de prevenção cardiovascular primária em pacientes sem doença arterial coronariana conhecida.
Possivelmente a Rosuvastatina poderá ser usada em pacientes com LDL colesterol considerado normal, mas com a presença de uma PCR ultrassensível elevada.
Fonte: AHA.
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