As primeiras “pílulas” anticoncepcionais surgidas em 1960 continham dosagens de hormônios até dez vezes maiores que as atuais. Mas, mesmo as novas “pílulas” de baixas dosagens ainda despertam preocupação por seus efeitos adversos.
O estrogênio pode afetar a coagulação, aumentado o risco de tromboses. O derivado de progesterona, também utilizado na fórmula da “pílula”, potencializa esse risco, além de provocar o crescimento de varizes, podendo levar a tromboses nas pernas e até embolia no pulmão.
Embora infrequente, há também algum risco de acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. Os contraceptivos orais podem ainda aumentar a pressão arterial ou agravar uma hipertensão preexistente. Tudo depende da predisposição de cada mulher.
Muitas “pílulas”, além do poder contraceptivo, aliam benefícios como a melhora da acne e das dores de cabeça, redução de pelos e até benefícios na função sexual, devidos justamente ao progestagênio presente na formulação.
A Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma norma a ser utilizada na indicação do uso de contraceptivos. No grupo 1 está a maioria das mulheres, que não tem doenças associadas e por isso pode utilizar a “pílula”, com baixíssimo risco de complicações. Na grupo 2 estão aquelas com historia na família de doenças cardiovasculares, que podem usar o contraceptivo, contudo com mínimo risco.
Mulheres hipertensas são classificadas como do grupo 3, onde o medicamento não é recomendado a não ser que não seja possível recorrer a outros métodos contraceptivos não hormonais. Já as mulheres do grupo 4 têm contraindicação formal ao uso da “pílula”, como as fumantes, portadoras de forte enxaqueca ou doença cardiovascular significativa.
As mulheres devem sempre discutir com os seus médicos acerca do tipo, dos benefícios e dos riscos dos contraceptivos orais, sobretudo em relação à saúde do coração e da circulação.
Fonte: veja.abril.com.br
Artigos relacionados
Veja também
Medicamentos para emagrecer são seguros para o coração?
Atualmente temos alguns medicamentos aprovados pela ANVISA para tratar a obesidade no Brasil, como o Orlistat, Sibutramina, Liraglutida e Semaglutida. Orlistat (Lipiblock, Xenical) 1- Atua inibindo a absorção de parte da gordura dos alimentos. 2- Não apresenta efeitos sobre o sistema cardiovascular, logo, pode ser…
Alteração difusa da repolarização ventricular (ADRV)
O termo alteração difusa de repolarização ventricular é utilizado em laudos de eletrocardiograma (ECG) para descrever alterações do segmento ST do ECG, como ausência, achatamento ou inversões assimétricas das ondas T. Alguns médicos podem empregar a abreviatura ADRV. A onda T é um dos elementos…
Holter (eletrocardiografia dinâmica de 24 horas)
Norman Holter foi um biofísico norte-americano que inventou o monitor Holter em 1949, um aparelho portátil para a monitorização contínua da atividade elétrica do coração por 24 horas ou mais (eletrocardiografia dinâmica). Para a monitorização contínua do traçado eletrocardiográfico é necessário colocar eletrodos na parede…
Cinco bons motivos para você fazer seu check-up cardiológico
Abaixo enumeramos cinco bons motivos para as pessoas realizarem um check-up cardiológico: 1-Prevenção e Detecção Precoce: o check-up cardiológico é essencial para prevenir doenças cardiovasculares e detectar problemas de saúde cardíaca em estágios iniciais. A avaliação médica regular pode identificar fatores de risco, como hipertensão,…