Em comparação com os abstêmios, os homens que consomem vinho, cerveja ou bebidas destiladas tem um risco relativo 34% menor de mortalidade cardiovascular.
“Os homens que bebem cerca de meia taça de vinho por dia tem um risco relativo 48% menor na incidência de morte cardiovascular. A expectativa de vida dos homens que bebem essa quantia de vinho por dia é cerca de 3,8 anos maior quando comparada a dos homens que são abstêmios”, diz o Dr. Daan Kromhout, professor de saúde pública Universidade de Wageningen (Holanda).
Estas conclusões surgiram a partir da análise dos dados obtidos no Zutphen Study, um estudo que avaliou 1.373 homens nascidos entre os anos de 1900 e 1920. Os homens foram recrutados para o estudo com a idade de até 40 anos, sendo seguidos por uma média de 40 anos.
Informações sobre a ingestão de álcool, bem como, hábitos alimentares, tabagismo, índice de massa corporal (IMC), doença cardíaca, derrame cerebral, diabete melito e câncer, foram coletados através de inquéritos realizados ao longo do estudo.
O estudo não diferenciou o tipo de vinho consumido (tinto ou branco), disse o Dr. Kromhout, que acrescentou: “o tipo de vinho consumido varia de acordo com a época do ano, sendo que o vinho tinto passa a ser o mais popular durante os meses de inverno.”
Acredita-se que os benefícios de prevenção cardiovascular observados entre os bebedores de vinho possam estar ligados a uma elevação do HDL-colesterol (“colesterol bom”), bem como, por uma inibição da agregação das plaquetas do sangue, associadas à formação de trombos (coágulos). Efeitos antioxidantes dos flavanoides da casca da uva vermelha também parecem ser benéficos.
“O Portal do Coração alerta: a ingestão de vinho ou de outras bebidas alcoólicas não deve ser estimulada como uma medida de prevenção das doenças cardiovasculares. A ingestão de álcool pode causar dependência (alcoolismo), aumentar o risco de diversas doenças, acidentes automobilísticos e outras formas de morte violenta”.
Fonte: Cardiovascular Disease Epidemiology and Prevention Meeting.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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