O uso correto das estatinas (sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, entre outras), diminui significativamente o risco cardiovascular. A análise conjunta de vários estudos, com dezenas de milhares de pacientes, demonstrou que reduzir 80 mg/dl o LDL colesterol, conhecido com colesterol ruim, reduz o risco de morte cardíaca, infarto do miocárdio e acidente vascular em 45%.
As estatinas figuram entre os medicamentos mais usados em todo o mundo, e seu uso é atualmente uma das principais estratégias de prevenção cardiovascular.
Cerca de 15% dos pacientes que usam estatinas são intolerantes a esses medicamentos. A apresentação mais comum são dores musculares (mialgias), fraqueza ou caimbras. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e raramente estão associados à inflamação dos músculos (miosite) e elevação da enzima CPK (creatinofosfoquinase).
É importante ressaltar que os sintomas são completamente reversíveis logo após a interrupção da estatina. Lesões musculares graves associadas ao tratamento com estatinas são extremamente raras, por exemplo, ocorrendo em 1 em 23 milhões de indivíduos com prescrições de atorvastatina.
São fatores de risco para desenvolvimento de intolerância às estatinas: idade avançada (mais de 80 anos), sexo feminino, etnia asiática, doença neuromuscular pré-existente, doença do fígado ou rins, hipotireoidismo não tratado, fatores genéticos, interação com outros medicamentos e até exercícios físicos excessivos.
Como abordar esse problema?
Existem várias estratégias para enfrentar o problema, como redução da dose do medicamento, troca da estatina, uso intervalado da medicação, entre outras.
Na realidade, um percentual muito pequeno dos pacientes, cerca de 5% ou até menos, é realmente incapaz de continuar tomando a medicação.
“O Portal do Coração adverte: NUNCA SUSPENDA, TROQUE OU ALTERE A FORMAR DE TOMAR SEU REMÉDIO SEM UMA ORIENTAÇÃO MÉDICA”.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr. CRM PR 13700 – Cardiologista de Curitiba.
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