A lipoproteína (a) ou Lp(a) é uma partícula de LDL colesterol (lipoproteína de baixa densidade ou “colesterol ruim”) com uma Apo adicional, a Apo (a). As concentrações no sangue da Lp(a) são, em grande parte, determinadas geneticamente. A Lp(a) é produzida pelo fígado, e corresponde a cerca de 15% do colesterol total.
Existem fortes evidências da associação independente entre elevações dessa gordura do sangue e risco de doença cardiovascular. Além da formação de placas de gordura (ateromas), a Lp(a) também parece favorecer a inflamação e formação de coágulos sanguíneos (efeito pró-trombótico).
A dosagem da Lp (a) dispensa o jejum. Em estudos realizados em diferentes grupos populacionais, que avaliaram a Lp(a) como preditora de risco de doença cardiovascular, os valores de referência variaram bastante, mas valores de Lp(a) acima de 30 mg/dL pode ser considerados anormais.
A dosagem da Lp (a) não é recomendada de rotina para avaliação do risco de doença cardiovascular na população geral, mas sua determinação deve ser considerada na estratificação de risco em indivíduos com história familiar de doença aterosclerótica prematura (exemplos: indivíduo cujo pai que teve uma infarto do miocárdio com menos de 55 anos de idade ou mãe que fez uma angioplastia coronariana com menos de 65 anos de idade) e na hipercolesterolemia familiar (doença genética que eleva os níveis de colesterol sanguíneo).
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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