Um estudo avaliou um total de 415 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárica (cirurgia de ponte de safena), nos anos de 1976 e 1977. Estes pacientes foram acompanhados durante cerca de 15 anos.
A análise estatística revelou que os pacientes que fumavam no momento da cirurgia não tinha um risco maior de complicações no monmeto da cirurgia, quando comparados com aqueles que não fumavam. Entretanto, o tabagismo entre 1 e 5 anos após a cirurgia parecia ser um importante preditor de eventos clínicos durante o período de acompanhamento.
Neste período de 15 anos, os indivíduos operados que continuavam a fumar após um ano da cirurgia tinham o dobro do risco de um infarto do miocárdio ou a necessidade de uma nova intervenção.
Os pacientes que ainda estavam fumando 5 anos após a cirurgia, tinha um risco ainda mais elevado destas complicações, além de um significativo aumento da ocorrência de angina do peito, quando comparados aos pacientes que pararam de fumar logo após a cirurgia ou com aqueles que nunca fumaram.
Os pacientes que começaram a fumar novamente dentro de 5 anos após a cirurgia tinham um risco aumentado de desenvolvimento de angina do peito e necessidade de uma nova intervenção.
Não foram encontradas diferenças nos resultados entre os pacientes que pararam de fumar desde cirurgia e os não fumantes. Os autores do estudo concluem que parar de fumar após cirurgia de ponte de safena traz importantes importantes benefícios na evolução clínica destes pacientes a longo prazo.
Fonte: Circulation(1998).
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