O infarto do miocárdio ( atque cardíaco ) , caracteriza-se por uma obstrução súbita e intensa , de uma artéria coronária , geralmente causada pela formação de um coágulo ( trombo ) sobre uma placa de ateroma ou gordura ( acidente da placa de ateroma ).
O paciente com suspeita de infarto do miocárdio ( ataque cardíaco ), deverá ser internado imediatamente em unidade de terapia intensiva, visando monitorar seus dados vitais, oxigenação e traçado eletrocardiográfico . A primeira medicação a ser administrada é o ácido acetil salicílico (aspirina). Outras medicamentos também serão necessários.
Conforme o traçado do eletrocardiograma, o médico assistente poderá suspeitar que a artéria causadora do infarto do miocárdio esteja obstruída parcialmente ou totalmente ( infarto do miocárdio sem e com supradesnível do segmento ST no eletrocardiograma , respectivamente ).
No primeiro caso, não será necessário a realização de um cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia de emergência, pois nestes casos o tratamento inicial será com medicações para tentar dissolver o coágulo ( trombo ) , formado na artéria.
No segundo caso, será necessário utilizar uma opção de tratamento que possibilite abrir a artéria totalmente obstruída o mais rápido possível, desta forma, minimizando a área cardíaca afetada pelo infarto do miocárdio . Para tal, dispomos de duas modalidade de tratamento: os trombolíticos (administrados de forma injetável através de uma veia no braço) ou a angioplastia coronariana (introdução de um cateter provido de uma balão em sua extremidade, até o local obstruído, permitindo assim, o restabelecimento do fluxo de sangue ).
Um recente estudo , testou a hipótese que, além da desobstruição da artéria que causa um infarto miocárdio , por uma angioplastia coronariana , a aspiração prévia do coágulos sangüíneos no local da obstrução , poderia ser benéfica. Esta teoria baseia-se no fato de que a aspiração do coágulo antes da angioplastia , poderia ser mais efetiva para reestabelecer a ciruculação do sangue naquele local.
Um estudo , chamado de TAPAS ( The Trombus Aspiration during Percutaneous coronary intervention in Acute myocardial infarction Study ) , testou essa hipótese em 1071 pacientes que sofreram infarto do miocárdio. Metade recebeu tratamento com angioplastia isolada e a outra metade , com aspiração prévia do trombo.
Os resultados do estudo , demonstraram que aspiração , precedendo à angioplastia coronariana , diminui a chance de morte e de um novo infarto do miocárdio , em um ano de acompanhamento desses pacientes.
Fonte: The Lancet ( 2008).
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